Querer saber se a anemia tem cura é uma dúvida comum entre pessoas confrontadas com essa condição médica.
Por isso, neste artigo nos dedicamos a responder se a anemia tem cura e exploraremos em detalhes as causas da doença.
Ao longo deste texto você entenderá seus sintomas característicos, os métodos de diagnóstico utilizados pelos profissionais de saúde e as diversas opções de tratamento disponíveis.
Embarque conosco nesta leitura para desvendar os mistérios da anemia e descobrir as respostas que você procura.
O que é anemia?
A anemia é uma condição caracterizada pela redução dos níveis de hemoglobina no sangue devido à carência de um ou mais nutrientes essenciais.
Essa é a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), que ressalta que entre esses nutrientes, destacam-se como potenciais desencadeadores das anemias a deficiência de ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas.
Contudo, a anemia ferropriva, causada pela deficiência de ferro, sobressai como a forma mais predominante dessa condição.
Prova disso são as estimativas da OMS que apontam que cerca de 90% dos casos de anemia têm essa origem.
Isso porque o ferro assume um papel crucial na manutenção da saúde, desempenhando funções essenciais na produção de glóbulos vermelhos e no transporte eficaz de oxigênio para todas as células do organismo.
Agora que você já entende o que é essa condição, siga a leitura para entender se a anemia tem cura.
Quais as classificações da Anemia?
As classificações da anemia são: hereditária e adquirida.
Entenda mais abaixo.
Hereditária
As anemias hereditárias são aquelas transmitidas geneticamente dos pais para os filhos.
Geralmente, essas condições estão associadas a uma mutação que afeta tanto as funções dos glóbulos vermelhos quanto a produção de hemoglobina.
Dois dos exemplos mais frequentes de anemias hereditárias são a talassemia e a anemia falciforme.
Adquirida
As anemias adquiridas, por outro lado, estão frequentemente relacionadas a carências nutricionais, muitas vezes devido à ingestão insuficiente de nutrientes.
Outra razão de seu desenvolvimento são as dificuldades na absorção desses elementos pelo organismo.
Entre os exemplos mais comuns estão a deficiência de ferro, ácido fólico e vitamina B12.
Leia também: Conheça os sintomas e tratamentos da anemia refratária
Quais as principais causas da anemia?
A anemia é uma condição que pode ser desencadeada por várias causas, variando desde carências nutricionais até fatores genéticos e doenças autoimunes.
Por exemplo, o tipo mais comum de anemia é a causada pela falta de nutrientes.
Nestes casos, os principais nutrientes envolvidos são o ferro, a vitamina B12 e o ácido fólico.
Logo, a deficiência de qualquer um deles pode levar à produção insuficiente de hemácias, causando anemia.
Já no caso das anemias hereditárias, é comum que ela seja causada por uma predisposição genética que é herdada de ambos os pais.
Mesmo que apenas um dos pais carregue a mutação genética, a criança ainda pode desenvolver a doença, dependendo da herança genética específica.
Outra causa da anemia são as doenças autoimunes, em que o sistema imunológico do corpo ataca os próprios glóbulos vermelhos, levando à destruição das hemácias.

Quais os principais sintomas da anemia?
A anemia pode ser aguda ou crônica. Os sintomas da anemia aguda são principalmente atribuídos à diminuição do volume sanguíneo circulante, com a queda da pressão arterial sendo o sintoma mais proeminente, de acordo com o Dr. Drauzio Varella.
Por outro lado, nas anemias crônicas, a redução na produção de hemoglobina apresenta sintomas como:
- palidez na pele e nas mucosas;
- fadiga;
- perda de memória;
- tonturas;
- fraqueza muscular;
- sonolência;
- dificuldade respiratória;
- respiração rápida e superficial;
- palpitações e aumento da frequência cardíaca.
Conhecer esses sintomas é fundamental para entender se a anemia tem cura.
Como é realizado o diagnóstico de anemia?
O diagnóstico da anemia é realizado com uma avaliação clínica e a realização de exames laboratoriais sanguíneos.
Após a confirmação do distúrbio, torna-se essencial identificar sua origem, a fim de iniciar o tratamento apropriado e identificar se a anemia tem cura.
Mas afinal, anemia tem cura?
Sim, a anemia tem cura, mas isso varia de acordo com a causa específica da condição.
Por exemplo, a anemia tem cura e tende a desaparecer em casos que a condição é causada por deficiências nutricionais, como a falta de ferro ou vitaminas do complexo B.
Nessas situações, o tratamento é geralmente bastante eficaz e envolve a suplementação, que pode ser administrada por via oral ou injetável.
Ressaltamos que esse tratamento deve sempre ser recomendado por um especialista, e a pessoa também receberá orientações para ajustar sua dieta.
Entretanto, em situações mais complexas, como a anemia aplástica, o tratamento envolve um procedimento delicado, como o transplante de medula óssea, que precisa ser realizado com um doador 100% compatível.
Já no caso da anemia falciforme, a terapia começa na infância, com o objetivo de prevenir complicações e infecções.
Isso inclui a administração de vacinas e antibióticos profiláticos.
Além disso, o paciente requer acompanhamento multiprofissional ao longo de toda a vida.
Portanto, a perspectiva de que a anemia tem cura depende da causa e da abordagem terapêutica adotada, sendo essencial contar com a orientação de profissionais de saúde para um tratamento adequado e eficaz.
Tratamentos para cada tipo de anemia
Anemia falciforme
A anemia falciforme requer tratamento contínuo ao longo da vida, com o objetivo de prevenir infecções, aliviar a dor e abordar outros problemas associados.
Neste cenário, as opções terapêuticas incluem:
- uso de antibióticos profiláticos;
- administração do medicamento hidroxiuréia;
- realização de transfusões sanguíneas quando necessário;
- suplementação com vitamina do complexo B, conhecida como ácido fólico (ou folato), para manter a saúde geral.
Anemia ferropriva
Esse é um dos tipos de anemia que tem um tratamento que envolve a ingestão de suplementos de ferro e ajustes na dieta.
Embora a dieta em si possa ser um fator contribuinte, a deficiência de ferro é mais frequentemente um resultado de sangramentos intensos durante menstruações ou de problemas intestinais, alertando para possíveis condições tratáveis, como câncer intestinal.
Anemias hemolíticas
O tratamento das anemias hemolíticas envolve o combate às infecções relacionadas e o uso de medicamentos para suprimir o sistema imunológico, que pode estar atacando os glóbulos vermelhos.
Em casos mais graves, pode ser necessária uma transfusão de sangue ou um procedimento chamado plasmaférese, que é uma técnica de filtragem sanguínea.
Anemia aplástica
O tratamento desta anemia pode envolver transfusões sanguíneas para elevar os níveis de glóbulos vermelhos.
Em situações em que a medula óssea está comprometida e não consegue produzir células sanguíneas saudáveis, pode ser necessário considerar um transplante de medula óssea.
Anemias por deficiência de vitamina B12
O tratamento para a deficiência de ácido fólico e vitamina B12 inclui suplementos alimentares para aumentar a ingestão desses nutrientes na dieta.
Se a absorção de vitamina B12 dos alimentos pelo sistema digestivo estiver comprometida, a terapia pode envolver injeções diárias no início.


Como prevenir a anemia?
Prevenir a anemia é possível quando se trata das causas relacionadas a deficiências nutricionais, enquanto as anemias de origem autoimune e hereditária são inevitáveis.
Sabendo disso, para evitar a anemia relacionada a deficiências nutricionais, adote uma dieta rica em fontes de ferro, vitamina B12 e ácido fólico.
Esses nutrientes podem ser encontrados em frutas, vegetais, cereais, legumes, laticínios e proteínas animais.
Conclusão
Hoje nossa missão era explicar a você se a anemia tem cura.
E como você viu, a possibilidade de cura da condição varia de acordo com a sua causa específica.
Por exemplo, para as anemias causadas por deficiências nutricionais, como a falta de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico, o tratamento geralmente é eficaz com a suplementação e ajustes na dieta.
Entretanto, em casos mais complexos, como anemias hereditárias ou doenças autoimunes, o tratamento pode ser mais desafiador e envolver terapias específicas, como transplante de medula óssea.
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