Neste texto vamos falar sobre o AVC isquêmico e hemorrágico, os dois tipos mais prevalentes de acidente vascular cerebral.
Essas duas condições neurológicas representam emergências médicas críticas que requerem intervenção imediata.
E entender as diferenças entre essas duas variantes é crucial para o diagnóstico e tratamento eficazes, visando minimizar danos cerebrais permanentes e aumentar as chances de recuperação.
Por isso, aqui iremos discutir as características distintivas do AVC isquêmico e hemorrágico, as causas e as possíveis abordagens de tratamento para ambos.
Siga a leitura!
Quais os tipos de AVC?
O AVC isquêmico e hemorrágico são os dois tipos de acidente vascular cerebral e cada um tem suas próprias características e efeitos no cérebro.
Entenda mais na sequência.
AVC Isquêmico
Este tipo de AVC, que representa cerca de 87% de todos os casos, resulta de um bloqueio no fluxo sanguíneo que impede a chegada de sangue rico em oxigênio ao cérebro.
Deste modo, o bloqueio pode ocorrer por conta de um coágulo ou pelo acúmulo de placa na parede interna de uma artéria.
AVC Hemorrágico
Neste caso, uma artéria no cérebro se rompe, levando a um vazamento de sangue que exerce pressão sobre as células cerebrais e as danifica.
A pressão alta e os aneurismas são exemplos de condições que podem desencadear um AVC hemorrágico.
Dentro do AVC hemorrágico, existem dois subtipos, o intracerebral e o subaracnóide.
Hemorragia intracerebral
Este é o tipo mais comum de AVC hemorrágico, que ocorre quando uma artéria no cérebro se rompe, inundando o tecido circundante com sangue.
Hemorragia subaracnóidea
Um tipo menos comum de AVC hemorrágico, caracterizado pelo sangramento na área entre o cérebro e os tecidos finos que o cobrem.
O que é o AVC isquêmico?
O AVC isquêmico, também conhecido como Acidente Vascular Cerebral Isquêmico ou AVCI, é o que ocorre quando determinadas regiões do cérebro sofrem danos e cessam suas funções.
Isso ocorre devido à interrupção do fornecimento sanguíneo essencial para o seu funcionamento adequado.
E esse bloqueio pode ser atribuído ao entupimento de veias e artérias cerebrais.
Neste cenário, é importante ressaltar que o AVC isquêmico pode resultar em óbito ou deixar sequelas graves, embora alguns pacientes se recuperem completamente.
Mas, em geral, a prontidão em reconhecer os sinais do AVC isquêmico, aliada à rapidez no encaminhamento do paciente para atendimento médico adequado, aumenta significativamente as chances de recuperação.
Esclarecer esse ponto é fundamental para entender mais sobre a diferença entre AVC isquêmico e hemorrágico.
Causas
As causas do AVC isquêmico estão diretamente relacionadas ao bloqueio das veias e artérias responsáveis pela irrigação de diferentes regiões do cérebro.
Esse bloqueio pode ser atribuído a dois principais fatores:
- coágulo sanguíneo: seja no próprio cérebro ou em outras partes do corpo, que migra para o cérebro, restringindo ou bloqueando completamente o fluxo sanguíneo, desencadeia o AVC isquêmico;
- estreitamento dos vasos sanguíneos: a pressão arterial elevada, quando descontrolada a longo prazo, pode alterar a estrutura das veias e artérias do paciente, levando-as a se tornarem mais estreitas e menos elásticas, aumentando assim o risco de ocorrência de AVC isquêmico.
Destacamos que esse estreitamento dos vasos sanguíneos também pode ser resultado da aterosclerose, caracterizada pela deposição de placas de gordura nas paredes das veias e artérias, o que restringe o fluxo sanguíneo.
Sintomas
Os sintomas do AVC isquêmico muitas vezes surgem de forma abrupta e repentina, podendo até se manifestar sem sinais anteriores da condição.
Dentre os sintomas mais comuns, destacam-se:
- perda de força em um dos lados do corpo;
- formigamento em um dos lados do corpo;
- dificuldade para falar, sensação de língua enrolada ou dificuldade de comunicação;
- mudanças na expressão facial, como boca torta ou perda de expressão em um lado do rosto;
- perda de coordenação motora;
- dificuldade em realizar comandos simples, como levantar um dos braços ou andar em linha reta;
- alterações na visão;
- dor de cabeça intensa;
- tontura ou vertigem;
- desmaios;
- vômitos.
Prevenção
A prevenção de AVC envolve o controle de fatores de risco e a implementação de mudanças nos hábitos de vida, por meio de ações como:
- manter a hipertensão arterial sob controle;
- gerenciar e tratar o diabetes;
- reduzir o peso corporal;
- controlar os níveis de colesterol;
- engajar-se em atividades físicas regulares;
- abster-se de fumar ou cessar o tabagismo;
- procurar tratamento para a síndrome da apneia do sono, se diagnosticada;
- realizar consultas médicas de rotina para monitoramento contínuo da saúde.
Tratamento
O tratamento do AVC isquêmico geralmente compreende o uso de medicamentos destinados a afinar o sangue, com o intuito de dissolver o coágulo responsável pelo AVC.
Em situações em que o AVC isquêmico é ocasionado por coágulos de grande dimensão ou pelo estreitamento de veias e artérias cerebrais, é possível recorrer à utilização de um cateter para acessar esses vasos sanguíneos.
O cateter pode dissolver o coágulo ou ampliar o diâmetro das veias por meio de um stent.
Esse procedimento cirúrgico minimamente invasivo tende a facilitar a recuperação ágil do paciente.
Após a intervenção médica, é necessário um acompanhamento minucioso para avaliar se o paciente apresenta sequelas e para determinar os passos adicionais necessários para promover sua recuperação.
O que é o AVC hemorrágico?
O AVC hemorrágico é caracterizado pelo comprometimento de uma artéria cerebral devido ao rompimento de um de seus vasos, resultando em hemorragia em algum ponto do sistema nervoso.
Causas
Geralmente, o AVC hemorrágico é desencadeado por pressão arterial elevada cronicamente e/ou pela ruptura de um aneurisma ou hipertensão descontrolada.
Sintomas
Os sintomas do AVC hemorrágico incluem:
- dor de cabeça intensa;
- perda de força em um dos lados do corpo;
- alterações visuais repentinas, como cegueira súbita;
- sintomas motores ou sensitivos, como dormência no rosto, mãos e pernas.
Prevenção
A prevenção do AVC pode ser alcançada com algumas medidas saudáveis, como:
- fazer exercícios físicos regularmente;
- manter uma alimentação equilibrada;
- controlar o colesterol;
- parar de fumar;
- moderar no consumo de álcool.
Tratamento
O tratamento emergencial para o AVC hemorrágico visa estabilizar a condição do paciente.
Posteriormente, o tratamento concentra-se na prevenção de recorrências e na avaliação de possíveis sequelas.
Qual a diferença entre AVC isquêmico e hemorrágico? H2
A principal diferença entre o AVC isquêmico e hemorrágico está na causa e no mecanismo que leva à interrupção do fluxo sanguíneo no cérebro.
Por exemplo, no AVC hemorrágico a principal causa é quando um vaso sanguíneo cerebral se rompe, resultando em hemorragia no tecido cerebral ou entre o cérebro e a membrana que o envolve.
Já o AVC Isquêmico é desencadeado pela obstrução de uma artéria cerebral devido à formação de um coágulo ou à presença de uma placa de gordura que bloqueia o fluxo sanguíneo.
Além disso, entre o AVC isquêmico e hemorrágico, o isquêmico é mais comum, representando a maioria dos casos.
Já o AVC hemorrágico é menos frequente, mas geralmente mais grave e associado a taxas de mortalidade mais elevadas.
Qual é mais grave AVC isquêmico ou hemorrágico?
Entre o AVC isquêmico e hemorrágico, o hemorrágico é considerado mais grave.
E embora seja menos frequente, o AVC hemorrágico resulta do rompimento de um vaso cerebral, causando hemorragia no tecido cerebral ou entre o cérebro e a meninge.
Justamente por isso esse tipo de AVC está associado a uma taxa de mortalidade mais elevada quando comparamos o AVC isquêmico e hemorrágico.
Quais os fatores de risco do AVC?
Diversos fatores podem aumentar a probabilidade de ocorrência de um AVC isquêmico e hemorrágico, sendo os principais:
- hipertensão;
- diabetes tipo 2;
- colesterol alto;
- sobrepeso;
- obesidade;
- tabagismo;
- consumo excessivo de álcool;
- idade avançada;
- sedentarismo;
- uso de drogas ilícitas;
- histórico familiar;
- gênero masculino.
Qual a importância do tratamento para AVC?
O tratamento adequado para o AVC isquêmico e hemorrágico é de extrema importância, especialmente considerando as possíveis sequelas significativas que muitos sobreviventes enfrentam.
Estudos indicam que, em média, entre 30% e 48% das pessoas afetadas pelo AVC enfrentam sequelas prolongadas, resultando em desafios funcionais para suas atividades cotidianas.
Nesse contexto, o tratamento para o AVC isquêmico ou hemorrágico desempenha um papel crucial na recuperação plena desses pacientes.
Além disso, é fundamental considerar a reabilitação desde os estágios iniciais do AVC isquêmico e hemorrágico, pois essa doença impacta o sistema nervoso, muitas vezes resultando em sequelas em várias áreas do corpo.
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Conclusão
Entender sobre o AVC isquêmico e hemorrágico é crucial para a identificação precoce e o tratamento adequado dessas condições neurológicas críticas.
Enquanto o AVC isquêmico resulta da obstrução do fluxo sanguíneo no cérebro, o AVC hemorrágico ocorre devido ao rompimento de um vaso cerebral, levando a uma hemorragia no tecido cerebral ou em sua proximidade.
Embora o AVC isquêmico seja mais comum, o AVC hemorrágico é considerado mais grave, associado a taxas de mortalidade mais elevadas.
No mais, como você viu ao longo do texto, é fundamental reconhecer os fatores de risco associados a esses tipos de AVC, incluindo hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, tabagismo e outros, a fim de adotar medidas preventivas eficazes.
Além disso, o tratamento imediato e a reabilitação adequada desempenham um papel crucial na recuperação dos pacientes afetados por um AVC isquêmico e hemorrágico, visando minimizar as sequelas e promover a funcionalidade e a qualidade de vida a longo prazo.
Com uma compreensão abrangente dessas questões, é possível melhorar os resultados e a gestão clínica dos pacientes em risco ou que tenham experimentado um AVC isquêmico e hemorrágico.