Você sabia que o excesso de zinco no organismo pode causar malefícios ao organismo e ser tão prejudicial quanto a falta do nutriente?
Apesar de ser pouco comum quando comparada com a deficiência do mineral, o excesso também pode acontecer e causar sintomas como dor de barriga, diarreia e vômitos.
Atualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um terço da população do mundo apresenta deficiência de zinco.
Apesar disso, a suplementação, o consumo de alimentos em contato com revestimento galvanizado e a inalação de óxido de zinco em fábricas são algumas das causas que podem dar origem ao excesso de zinco no organismo.
Quer saber mais sobre o assunto? Então confira mais informações a seguir!
Importância do zinco para o organismo
O zinco é um mineral essencial para o nosso organismo e pertence ao grupo dos sais minerais, participando de diferentes processos e reações.
Ele atua em mais de 300 reações enzimáticas, mas se destaca principalmente na atuação no sistema imunológico.
Como não é produzido pelo organismo, assim como a maioria dos minerais, sua atuação depende da absorção por meio da alimentação.
Para que haja a absorção do zinco, recomenda-se uma alimentação rica no mineral, que está presente na carne vermelha, frango, iogurte, peixes, ostras e castanhas, por exemplo.
Só que devido a uma série de fatores, pode haver um desequilíbrio na quantidade ideal do mineral, podendo causar excesso de zinco no organismo e também a falta do nutriente.
Benefícios do zinco para a saúde: confira
O principal objetivo deste conteúdo é falar sobre o excesso do zinco no organismo e como a condição afeta o nosso organismo.
No entanto, antes precisamos conhecer a atuação do nutriente e por que ele é tão importante. Confira!
– Fortalece o sistema imunológico

A relação do zinco com o sistema imunológico está no fato de que o mineral atua diretamente na glândula timo.
Essa glândula é a responsável pela produção dos linfócitos T que, por consequência, atuam na produção de anticorpos que realizam a defesa contra microorganismos invasores.
Além de atuar na formação, boa parte das células do sistema imunológico também utiliza o nutriente para funcionar, por isso, ele é importante na defesa contra diferentes patógenos.
Alguns estudos já mostraram que a duração média de um resfriado comum foi 33% menor para os grupos que faziam uso de zinco.
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– Ajuda na prevenção da diabetes
Os baixos níveis de zinco têm sido associados com a diabetes. Isso porque o nutriente atua na síntese, armazenamento e secreção de insulina.
Além de prevenir a diabetes, outras doenças estão relacionadas com a falta do nutriente, como a hipertensão, a doença arterial coronariana e os triglicérides altos.
Um estudo, publicado na revista internacional para profissionais de saúde e pesquisadores de orientação clínica, a Diabetes Research and Clinical Practice, descobriu que a suplementação de zinco melhorou a capacidade de pré-diabéticos para processar a glicose.
Já no estudo “Alterações metabólicas e funcionais do zinco em diabetes mellitus” Lúcia Pedrosa e Silvia Cozzolino analisaram uma série de pesquisas que relataram as alterações metabólicas e fisiológicas do zinco na presença do diabetes mellitus.
Uma das conclusões das autoras é a de que em pacientes diabéticos as alterações metabólicas e funcionais de zinco podem conduzir a uma deficiência crônica deste elemento.
– Melhora a cicatrização
A deficiência de zinco tem sido associada com o retardo da cicatrização.
Alguns estudos já foram conduzidos na intenção de provar que o zinco ajuda na cicatrização. Foi comprovado, por exemplo, que ele acelera a cicatrização de úlceras nos pés de pacientes diabéticos.
Além disso, o mineral foi apontado como crucial na cicatrização inicial de úlceras gástricas.
– Relação com o aumento de massa muscular
Não é difícil vermos a afirmação de que o zinco contribui para o aumento de massa muscular. Na verdade isso não acontece. Pelo menos, é o que diz uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.
A pesquisa foi feita com atletas amadores de futebol. Metade deles tomou zinco, vitamina B6 e magnésio, como suplemento por oito semanas e a outra metade tomou apenas placebo.
Eles concluíram que o zinco não teve benefícios extras, pois ambos tiveram a massa muscular aumentada.
No entanto, em outra pesquisa publicada pelo Journal of Exercise Physiology, a suplementação teve efeito de aumento de massa muscular em pessoas que tinham deficiência de zinco, mas a partir do momento que a quantidade de zinco se normalizava, o mineral deixa de fazer efeito na massa muscular.
Qual a quantidade de zinco recomendada? Entenda
Tanto a falta quanto o excesso de zinco no organismo podem causar problemas, por isso, é importante ficar atento à quantidade ideal.
Segundo uma revisão de estudos publicada pelo Journal of Trace Elements in Medicine and Biology a quantidade ideal do consumo de zinco por dia é de 7 mg a 10 mg de zinco no caso das mulheres.
Já para os homens, a quantidade ideal varia de 11 mg a 16 mg, considerando o consumo diário.
A quantidade para as crianças se diferencia de acordo com a idade. Veja:
- 1,5 mg/dia – bebês até 4 meses;
- 2,5 mg/dia – 4 a 12 meses;
- 3 mg/dia – 1 a 4 anos;
- 4 mg/dia – 4 a 7 anos;
- 6 mg/dia – 7 a 10 anos;
- 9 mg/dia (meninos) e 8 mg/dia (meninas) – 10 a 13 anos;
- 12 mg/dia (meninos) e 10 mg/dia (meninas) – 13 a 15 anos;
- 14 mg/dia (meninos) e 11 mg/dia (meninas) – 15 a 19 anos.
No período da gravidez, o consumo deve ser de 9 mg/dia no primeiro trimestre, 11 mg/dia no segundo e terceiro trimestre e durante a amamentação 13 mg/dia.
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Excesso de zinco no organismo: o que pode causar?


Apesar de a deficiência ser muito mais comum, também é possível que haja excesso de zinco no organismo e ele também pode ser prejudicial.
O excesso pode ser causado pela suplementação errada do mineral, geralmente feita por conta própria e sem acompanhamento médico.
Também pode ser causado pelo consumo de alimentos ácidos ou de bebidas enlatadas em recipientes com revestimento de zinco (galvanizadas).
Antigamente, era comum a coleta de água para beber a partir de telhados galvanizados ou até mesmo embalagens de alimentos galvanizados podem liberar zinco e causar a toxicidade do metal.
A inalação de vapores de óxido de zinco pode ocorrer em indústrias e também são uma causa do excesso de zinco no organismo.
Outra causa para o aumento de zinco, são algumas doenças e condições médicas, como a insuficiência cardíaca crônica, osteosarcoma ou aterosclerose.
Grandes quantidades do mineral podem causar:
- náuseas e vômitos;
- diarréia;
- dor de barriga e estômago;
- problemas gastrointestinais;
- fadiga.
Como manter a quantidade de zinco equilibrada: confira dicas
A melhor maneira de manter a quantidade de zinco equilibrada é por meio de uma alimentação saudável e equilibrada.
Como vimos anteriormente, a quantidade ideal de zinco pode ser adquirida por meio da alimentação.
É muito difícil que uma alimentação natural possa causar excesso de zinco no organismo, no entanto, uma suplementação diária com níveis inadequados da substância podem causar sintomas de toxicidade.
O ideal é sempre procurar um médico para saber quando há necessidade de suplementar.
– Alimentos fonte de zinco
A Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA) indica os principais alimentos ricos em zinco e a quantidade presente a cada 100 gramas. Confira:
- Ostra – 29,6 mg
- Semente de abóbora – 10,3 mg
- Farelo de trigo – 7,41 mg
- Carne bovina (músculo) – 6,44 mg
- Castanha-de-caju – 5,78 mg
- Moela de frango – 4,13 mg
- Cordeiro – 3,85 mg
- Queijo coalho – 2,8 mg
- Gema de ovo – 2,8 mg
- Feijão-carioca – 2,6 mg
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Conclusão
O excesso de zinco no organismo, assim como a sua falta, podem gerar problemas para organismo e diferentes sintomas.
A deficiência do nutriente é bastante comum, no entanto, a suplementação indevida e o contato com zinco galvanizado e óxido de zinco podem causar sintomas de toxicidade.
Por isso, o melhor é encontrar o equilíbrio do nutriente no organismo e uma das principais maneiras é por meio de uma alimentação equilibrada.
Importante estar com os exames em dia, consulte seu médico (a).
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