Os medicamentos genéricos começaram a ser comercializados no Brasil a partir de 1999, mesmo ano da criação da Lei do Genérico.
Esses medicamentos praticam por lei, preço mais baixo que os medicamentos de referência, que são os pioneiros para determinado princípio ativo e/ou indicação.
De acordo com a PróGenéricos, Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares:
- 95% das doenças conhecidas podem ser tratadas por genéricos.
- 79% dos consumidores compram ou já compraram genéricos;
- 35% dos medicamentos vendidos no país são genéricos;
- 33% dos medicamentos prescritos no Brasil são genéricos;
Mas você sabe o que são exatamente os genéricos, como são criados e quais as suas principais características?
Neste texto nós vamos tratar mais sobre o assunto e responder essas e outras questões. Confira!
O que é medicamento genérico?
Genérico é um medicamento que possui o mesmo princípio ativo, mesma dose, forma farmacêutica, posologia e indicação terapêutica que o seu medicamento referência.
O medicamento referência em geral, é o medicamento inovador, ou seja, o primeiro a ser descoberto e desenvolvido com toda a pesquisa necessária para um novo princípio ativo a fim de comprovar a sua segurança e eficácia.
Ele possui uma marca, ou seja, um nome comercial próprio. Já o genérico não possui marca, ele é vendido pelo nome do princípio ativo. A qualidade, no entanto, é a mesma, e é devidamente confirmada pela Anvisa durante a avaliação do registro.
Como o genérico utiliza a mesma fórmula, ele é equivalente ao medicamento referência e pode ser adquirido por um valor muito mais acessível, já que o investimento requerido para o seu desenvolvimento não envolve os custos de estudos pré clínicos e clínicos do medicamento referência.
Medicamento genérico: para que serve?
O medicamento genérico serve para os mesmos tratamentos dos seus respectivos medicamentos referência, mas foram criados para ampliar o acesso a toda população com a certeza do padrão de qualidade, preço justo e acessível e, por isso, a sua criação é considerada um marco na saúde pública do país.
Ele pode substituir um medicamento de marca em um tratamento receitado pelo médico, sem prejuízo de valor no tratamento.
A Lei Nº 9.787, de 10 de fevereiro de 1999, Lei de criação dos Genéricos, garante que a população tenha acesso a produtos mais em conta e, portanto, possa dar continuidade aos tratamentos de sintomas e doenças, sem o alto custo de um medicamento de marca.
Leia também: Medicamento Genérico, Referência e Similar: O que são?
Qual a diferença entre o remédio referência e genérico?
Na produção, a principal diferença é que o laboratório que produziu o genérico focou todo o seu esforço técnico e científico em reproduzir o medicamento de referência.
Todo o custo da descoberta e desenvolvimento que a indústria farmacêutica que produz medicamentos referência investiu são economizados neste processo.
Assim o verdadeiro custo de investimento do medicamento genérico está na busca da perfeição e qualidade.
Na prática, para o consumidor, a principal diferença é a ampliação do acesso, já que ele não fica refém de apenas uma marca e pode optar pelo genérico na hora de adquirir o medicamento que necessita
Um medicamento genérico só é aprovado e registrado como genérico quando ele possui a mesma eficácia do medicamento de referência.
É isso que garante a Lei do Medicamento Genérico. Abaixo vamos falar mais sobre ela e como ela funciona. Confira!
Porque existe medicamento genérico?
O medicamento genérico foi criado com alguns objetivos principais, entre eles estão:
- disponibilizar medicamentos mais baratos para a população;
- estimular o mercado de produção de medicamentos e a concorrência justa;
- garantir a qualidade dos medicamentos oferecidos à população;
- reduzir os preços dos medicamentos de referência, com a entrada dos medicamentos genéricos.
A Lei do Genéricos estabeleceu um prazo para as patentes de medicamentos expirarem, mais especificamente 20 anos.
Isso quer dizer que a empresa que desenvolveu o medicamento e lançou o princípio ativo no mercado vai receber pela comercialização dele por todo este período e a fórmula utilizada por ela não será divulgada.
Depois desse período, a fórmula passa a ser de domínio público e outros laboratórios podem passar a produzi-la.
A criação da lei também possibilitou que houvesse maior controle sobre o que estava sendo vendido e a qualidade dos produtos oferecidos à população.
Além disso, os preços ficaram mais justos, pois na época em que a lei foi criada os valores de medicamentos estavam subindo muito.
E apesar de já existirem medicamentos similares na época – produtos de outra marca, mas que possuíam o mesmo princípio ativo – não havia garantia sobre a sua qualidade.
Tudo isso dificultava o acesso da população a uma saúde pública de qualidade e foram fatores que influenciaram na criação da lei.
Quais as características de um medicamento genérico?
Mais acessível
Naturalmente, o custo de produção do medicamento genérico é muito mais em conta do que um medicamento de referência.
Todas as pesquisas já foram realizadas anteriormente e isso barateia o valor de venda para o consumidor, já que o custo das pesquisas não está embutido no valor de produção.
Antes dos genéricos não havia alternativa para a população. Se uma pessoa não tinha dinheiro para pagar pelo medicamento de referência, muitas vezes ela poderia ficar sem tratamento.
Qualidade garantida pela Anvisa
A Anvisa realiza uma série de testes para analisar se um medicamento genérico é equivalente ao medicamento de referência.
Portanto, para realizar o registro de medicamentos genéricos, são feitos os estudos chamados de biodisponibilidade e bioequivalência.
O teste de biodisponibilidade verifica se o produto contém o mesmo princípio ativo, mesma concentração, mesma forma farmacêutica e indicação.
Já o estudo de biodisponibilidade, garante que o tempo de absorção do princípio ativo na mesma dosagem é igual em ambos os casos.
E para comprovar que um medicamento é intercambiável, ele precisa passar também pelos testes de bioisenção e/ou equivalência farmacêutica.
Medicamento sem marca divulgada
Os genéricos são identificados pelo seu princípio ativo na embalagem e não por uma marca, diferente dos medicamentos referência e similares.
Neste caso, a marca do remédio não é essencial, mas sim a sua eficácia que já é comprovada no momento de registro.
A partir do momento de divulgação da fórmula pela fabricante, outros laboratórios estão aptos a fazer exatamente a mesma fórmula e garantir igual eficácia nos tratamentos.
Caixa identificada pelo G
Como os medicamentos genéricos não possuem marca especificada ao consumidor, a caixa da embalagem é padronizada.
Você vai encontrar as seguintes características em uma caixa de genérico:
- uma tarja amarela com a letra G;
- em cima da tarja deve estar escrito o termo “Medicamento Genérico”;
- o princípio ativo do medicamento;
- também deve estar escrita a seguinte expressão: “Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999”.
- Direito do consumidor
Nos postos do Sistema Único de Saúde, os médicos devem sempre receitar o remédio genérico, se houver.
De acordo com a PróGenéricos, 95% das doenças conhecidas já podem ser tratadas por genéricos.
Nos particulares, fica a critério do médico receitar o genérico, de referência ou similar. Entretanto, o farmacêutico responsável também pode sugerir a substituição de um pelo outro.
Já ao consumidor, cabe a necessidade de se informar quanto aos princípios ativos disponíveis como genéricos e é um direito dele poder realizar a substituição.
Quais os laboratórios de genéricos mais confiáveis?
Apesar de não haver divulgação da marca dos genéricos nas embalagens, esses medicamentos são produzidos por diferentes laboratórios de conhecimento dos profissionais da saúde.
E, por isso, é preciso contar com bons fornecedores que garantam qualidade quando o medicamento chega ao paciente.
A Natcofarma é uma empresa farmacêutica com foco em:
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- ingredientes farmacêuticos ativos (APIs);
- formulações de dosagem acabada (FDF);
- produtos especializados de nicho (DCN).
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Temos mais de 40 anos de história e experiência na indústria farmacêutica e ao longo da nossa trajetória tivemos mais de 140 patentes aprovadas.
Conclusão
O medicamento genérico é a cópia do medicamento de referência e sua eficácia deve ser a mesma, assim como o princípio ativo, a posologia, dose e indicação terapêutica entre ambos.
A partir daí, vários laboratórios podem desenvolver a criação do medicamento genérico e alguns são os preferidos dos médicos e profissionais da saúde no momento de fazer a receita ou a intercambialidade.
Por isso, é importante conhecer os laboratórios responsáveis e entender mais sobre a criação do medicamento e o reconhecimento do laboratório na indústria farmacêutica.
A Natco é referência em diversos países e tem conquistado cada vez mais espaço também no Brasil.
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Leia também: O que são princípios ativos de um medicamento