O mieloma múltiplo é uma neoplasia hematológica caracterizada pela proliferação maligna de células plasmáticas na medula óssea.
Esta condição, muitas vezes considerada rara, apresenta uma série de desafios diagnósticos e terapêuticos, afetando principalmente pessoas na faixa etária mais avançada.
Entender melhor sobre essa patologia, seus sintomas, causas e tratamentos é essencial para uma abordagem abrangente e eficaz.
Por isso, neste texto exploraremos os aspectos fundamentais da doença, para fornecer a você uma visão abrangente desta condição hematológica desafiadora.
O que é Mieloma Múltiplo?
O mieloma múltiplo é um tipo de câncer que se origina nas células plasmáticas, um tipo de glóbulo branco encontrado na medula óssea.
Essas células plasmáticas são responsáveis pela produção de anticorpos que ajudam o corpo a combater infecções.
No entanto, nesta patologia, as células plasmáticas sofrem mutações e começam a se multiplicar de forma descontrolada, formando tumores na medula óssea.
Esses tumores podem interferir na produção normal de células sanguíneas, levando a sintomas como anemia, fragilidade óssea, fadiga, dores ósseas e problemas renais.
Além disso, essa condição pode afetar outros órgãos do corpo devido à disseminação das células cancerosas.
Por isso destacamos que essa enfermidade requer acompanhamento médico especializado para um tratamento adequado e gerenciamento dos sintomas.
Qual a causa do Mieloma Múltiplo?
A causa exata do acometimento ainda não é completamente compreendida, mas os pesquisadores identificaram alguns fatores que podem estar associados ao seu desenvolvimento.
Confira alguns destes fatores abaixo!
Genética
Existem evidências de que certas alterações genéticas podem aumentar o risco de desenvolver essa patologia.
Neste sentido, o histórico familiar da doença também pode contribuir para o risco.
Idade
Esta doença é mais comum em pessoas mais velhas, geralmente acima dos 65 anos. No entanto, casos podem ocorrer em pessoas mais jovens.
Sexo
Homens têm uma ligeira predisposição a desenvolver o mieloma em comparação com mulheres.
Etnia
Algumas etnias têm um risco maior de desenvolver este problema. Por exemplo, afrodescendentes têm maior incidência em comparação com caucasianos.
Exposição a radiações e agentes tóxicos
Exposição prolongada a altos níveis de radiação ou certos produtos químicos tóxicos pode aumentar o risco de desenvolvimento da patologia.
Doenças preexistentes
Alguns distúrbios de saúde, como gamopatia monoclonal de significado indeterminado (GMSI) e outras condições de sangue, podem aumentar o risco de desenvolver este mal.
O mieloma múltiplo é hereditário?
Embora a doença não seja considerada uma condição hereditária no mesmo sentido que algumas doenças genéticas específicas, há uma predisposição genética que pode aumentar o risco de desenvolver a doença.
Logo, pessoas com parentes de primeiro grau (pais, irmãos ou filhos) que tiveram a condição podem ter um risco ligeiramente maior em comparação com a população em geral.
Quais são os sinais e sintomas de Mieloma Múltiplo?
Abaixo, listamos alguns sintomas de mieloma múltiplo. Confira!
Dores ósseas
O sintoma mais frequente é a dor nos ossos, especialmente nas costas, quadris e crânio.
Essas dores muitas vezes resultam de lesões ósseas causadas pelo enfraquecimento do osso devido à infiltração de células cancerosas.
Fadiga
Muitas pessoas com esta condição experimentam fadiga persistente, que pode ser devido à anemia resultante da substituição da medula óssea normal por células cancerosas.
Anemia
A produção inadequada de células vermelhas do sangue pode levar à anemia, resultando em fraqueza, palidez e falta de ar.
Infecções frequentes
A patologia pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando as pessoas mais suscetíveis a infecções.
Problemas renais
A presença de proteínas anormais produzidas pelas células cancerosas pode causar danos aos rins.
Perda de peso inexplicada
Alguns pacientes podem perder peso sem motivo aparente.
Problemas neurológicos
Em casos avançados, este problema de saúde pode causar problemas neurológicos, como neuropatia e dificuldades de equilíbrio.
Como é realizado o diagnóstico de Mieloma Múltiplo?
O diagnóstico desta enfermidade envolve uma variedade de exames e testes, como:
- exames de sangue, como Hemograma Completo (CBC);
- exame de urina;
- biópsia da medula óssea;
- exames de Imagem, como Radiografias, Tomografia Computadorizada (TC) e ressonância Magnética (RM);
- testes genéticos;
- avaliação clínica.
Tratamentos para Mieloma Múltiplo
Abaixo, conheça alguns tratamentos para a doença:
- quimioterapia;
- utilização de medicamentos imunomoduladores, que agem diretamente no sistema imunológico, ampliando a resposta do paciente contra diversos invasores, como vírus, bactérias e fungos;
- medicamentos inibidores de proteassoma, que visam preferencialmente as células doentes, minimizando o impacto nas células saudáveis;
- imunoterapia, estimulando o sistema imunológico do próprio paciente a reconhecer e atacar as células malignas;
- administração de bisfosfonatos para fortalecer os ossos, reduzindo a perda óssea;
- transplante de células (transplante autólogo), que envolve altas doses de quimioterapia seguidas pela transfusão de células-tronco para substituir a medula óssea comprometida ou danificada.
Quantos anos vive uma pessoa que tem mieloma múltiplo?
O mieloma múltiplo e expectativa de vida do paciente pode variar significativamente e depende de vários fatores, como a idade no momento do diagnóstico, o estágio da doença, a resposta ao tratamento e a presença de outras condições de saúde.
E neste sentido, uma dúvida comum é se o mieloma múltiplo tem cura. A resposta, até o momento, é não.
No entanto, é importante notar que a pesquisa médica e os avanços no tratamento da patologia têm progredido, oferecendo opções terapêuticas mais eficazes e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
Dicas de saúde e bem-estar que auxiliam no tratamento
Abaixo, conheça algumas dicas de bem-estar e principalmente de alimentação para pessoas com mieloma múltiplo.
Alimentação balanceada
Optar por uma dieta rica em nutrientes, como frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais, pode fornecer os nutrientes necessários para manter a saúde geral.
Hidratação Adequada
Consuma água suficiente para prevenir a desidratação, especialmente se houver problemas renais associados à doença.
Monitoramento do cálcio
Controle a ingestão de cálcio, pois níveis elevados podem ocorrer devido à destruição óssea.
Aqui o acompanhamento médico é crucial para ajustar a dieta conforme necessário.
Supervisão médica
Consultar regularmente um nutricionista ou profissional de saúde pode garantir que a dieta seja adaptada às necessidades específicas do paciente, levando em consideração as condições médicas individuais.
Exercício moderado
A prática de atividade física moderada, quando possível e aprovada pelo médico, pode contribuir para a saúde óssea e geral.
Gestão do Estresse
Estratégias para lidar com o estresse, como técnicas de relaxamento e apoio emocional, podem ser benéficas para o bem-estar geral.
Conclusão
Esta condição apresenta desafios significativos, desde sua patogênese até o tratamento inovador.
Como você viu, o diagnóstico, baseado em exames de sangue, imagem e avaliação clínica, é fundamental para um manejo eficaz da doença.
E embora a enfermidade não tenha cura definitiva, os avanços médicos proporcionam tratamentos personalizados, permitindo que os pacientes vivam com qualidade e bem-estar.
Além disso, a compreensão dos sinais e sintomas, aliada a um diagnóstico precoce, destaca a importância do acompanhamento médico regular!