neoplasias hepatologicas

Neoplasias hematológicas: o que você precisa saber sobre o assunto?

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As neoplasias hematológicas se originam nas células sanguíneas e, por isso, podem circular pelo corpo, sendo conhecidas também como tumores líquidos.

De acordo com pesquisa do Observatório de Oncologia as neoplasias hematológicas (NH) correspondem a 5% do total de novos casos de todas as neoplasias e de 7% de todos os óbitos por câncer.

Ainda não há um esquema de rastreamento definido para esses tumores, por isso, a orientação é sempre estar atento a quaisquer alterações, como uma anemia, por exemplo, que pode ser benigna, mas também pode estar ligada a tumores malignos.

É preciso ressaltar ainda a importância da promoção dos fatores que podem ajudar na prevenção dos riscos, como a adoção de um estilo de vida mais saudável, por exemplo.

Quer saber mais sobre o assunto e conferir os diferentes tipos de neoplasias hematológicas? Então continue a leitura!

O que é considerado como neoplasia hematológica?

As neoplasias hematológicas se caracterizam como um conjunto de doenças malignas que se originam das células hematopoiéticas, podendo afetar o sangue e os tecidos formadores dele.

Entre os principais fatores de risco para essas doenças, está o envelhecimento. Ele está associado a alterações moleculares e funcionais das células hematopoiéticas, dentro dos processos de renovação e diferenciação das células.

As leucemias, por exemplo, são comuns em crianças, mas ela é ainda mais frequente em idosos. Mas o envelhecimento não é o único fator associado. 

Também são fatores de risco, a exposição a agrotóxicos e radiação, certas infecções virais, maus hábitos de vida, como tabagismo, sedentarismo, obesidade, dentre outros fatores.

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Quais são os tipos de neoplasias hematológicas?

tipos de neoplasias hepatologicas

Leucemias

A leucemia é uma doença maligna que atinge os glóbulos brancos e passa a substituir células saudáveis por células cancerosas.

Ela acontece devido à mutação genética de uma célula antes de chegar à maturidade. Essa célula não funciona de forma adequada e passa a se multiplicar muito mais rápido que as células saudáveis.

Dessa forma, essas células passam a se reproduzir de forma descontrolada, o que reduz a capacidade do corpo de produzir células saudáveis. 

As células acabam caindo na corrente sanguínea sem estar preparadas para realizar suas funções, enfraquecendo o sistema imunológico do indivíduo e o deixando muito mais receptivo a infecções.

Ela é classificada de acordo com a velocidade de progressão, sendo:

  • Aguda – é uma doença que progride de forma rápida, com células se multiplicando de maneira rápida em um curto espaço de tempo. As células sanguíneas não conseguem executar suas funções normalmente.
  • Crônica – sua progressão é mais lenta, com sintomas que surgem de forma branda, mas se agravam de forma gradual. Neste caso, as células leucêmicas conseguem atuar como glóbulos brancos no início da doença, mas o quadro se agrava à medida que mais células doentes são produzidas.

A leucemia também pode ser classificada de acordo com o tipo de célula do sangue que está doente: 

  • mielóide 
  • linfóide.

São essas classificações que dão origem às nomenclaturas, sendo algum dos tipos mais comuns a: Leucemia linfoide crônica (LLC); Leucemia mieloide crônica (LMC); Leucemia linfoide aguda (LLA); Leucemia mieloide aguda (LMA); Leucemia promielocítica aguda (LPA).

Linfomas

O linfoma é uma neoplasia hematológica que acontece no sistema linfático.

Esse sistema, que é responsável por auxiliar na defesa contra infecções de vírus, bactérias e outros agentes prejudiciais, é composto por linfonodos, órgãos, vasos e tecidos linfáticos.

Ele passa a se manifestar a partir da mutação de uma célula do sistema linfático e da mesma forma que outros cânceres, as células doentes passam a se multiplicar. 

Pode surgir a partir da modificação dos linfócitos B e T, responsáveis pela produção de anticorpos e regulação do sistema imunológico, respectivamente.

Os linfócitos doentes podem se espalhar para a medula óssea, sangue, baço e outros órgãos.

Os tipos de linfomas são classificados em:

  • Linfoma de Hodgkin

Atinge células específicas chamadas de Reed-Sternberg. Ele se espalha de maneira ordenada de um grupo para o outro. 

Suas causas podem ser hereditárias e também devido ao contato com o vírus Epstein-Barr, dentre outras. 

De acordo com dados do Observatório de Oncologia, na população com idade entre 20 e 49 anos não houve alteração nas taxas de incidência dos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBPs) e mortalidade. 

Já na faixa etária de 50 anos ou mais houve redução tanto das taxas de incidência (1,9% ao ano) quanto da mortalidade (1,4% ao ano).

  • Linfoma não Hodgkin

Se espalha de maneira desordenada e pode se desenvolver em linfócitos B e T. 

Existem mais de 50 tipos de linfomas não Hodgkin e cada um deles possui diferentes padrões de células e sintomas. 

A mortalidade dessa doença cresceu, em média, 0,9% ao ano na população de 20 a 49 anos e, em média, 1,6% ao ano na população com 50 anos ou mais.

Mieloma múltiplo

adulto jovem com neoplasia hepatologica

Já o mieloma múltiplo é o câncer que acontece nos plasmócitos da medula óssea, também responsáveis pela produção de anticorpos. 

Durante a produção dos plasmócitos na medula óssea, mais especificamente durante a diferenciação dos linfócitos B, há uma mutação que dá origem aos plasmócitos doentes.

Quando esses plasmócitos se acumulam na medula óssea, formam os chamados plasmocitomas, que são um aglomerado de células defeituosas consideradas malignas.

Quando esse aglomerado cresce dentro do osso é chamado de intramedular e quando cresce fora do osso, extramedular.

Nos ossos, os locais mais comuns nos adultos onde ele pode surgir são: ossos da coluna vertebral, crânio, pélvis, caixa torácica e áreas ao redor dos ombros e quadris, locais onde a medula óssea é ativa. 

Podem também danificar a estrutura óssea nos casos em que há expansão para a parte sólida do osso e, ainda, provocar disfunção nos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas, deixando o paciente mais suscetível a infecções.

Essa neoplasia hematológica dá origem ao que é chamado de proteína monoclonal (proteína M), que nada mais é do que uma imunoglobulina que não foi bem formada devido aos plasmócitos doentes.

A proteína M pode estar presente no sangue e na urina e a depender da quantidade produzida ela pode causar problema nos rins devido à sua toxicidade.

Neoplasia hematológica tem cura?

Os tratamentos para as neoplasias hematológicas evoluíram muito ao longo dos últimos anos. As medicações estão mais eficientes e novas modalidades de transplante de medula óssea surgiram.

O transplante de medula óssea haploidênticos, por exemplo, possibilitou que o transplante possa ser feito mesmo que o doador não seja 100% compatível.

De acordo com Drª. Adriana Seber, Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea (SBTMO), em entrevista para a Revista Abrale, o transplante de medula óssea haploidêntico pode ser usado para tratar doenças malignas, como as leucemias e linfomas, e também para doenças benignas.

Com o tratamento abre-se maiores possibilidades, pois agora os doadores podem ser irmãos, pais, mães e parentes de primeiro grau.

As imunoterapias com CER T-Cells também são formas promissoras de tratar as neoplasias hematológicas, principalmente, para leucemias linfoblásticas e linfomas.

Ela é feita com linfócitos que são retirados do paciente e manipulados em laboratório para reconhecer as células tumorais e destruí-las.

Atualmente, os mielomas múltiplos são considerados incuráveis, mas o tratamento visa prolongar a vida do paciente, garantindo o máximo de bem-estar possível.

Já a leucemia, possui o objetivo curativo sempre que possível, mesmo que o paciente tenha recaídas. Existem ainda os tratamentos quimioterápicos e o transplante, que também são usados para as neoplasias.

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Conclusão

As neoplasias hematológicas são um conjunto de doenças que afetam as células hematopoiéticas, sejam elas maduras ou imaturas.

De acordo com pesquisas e dados do Observatório de Oncologia, tudo indica que há uma maior letalidade entre esse tipo de neoplasia no Brasil de uma forma geral, o que pode ser um fator preocupante.

Os tumores sanguíneos podem circular pelo corpo e é preciso ter atenção no diagnóstico dessas doenças, pois pequenos detalhes nos exames de rotina podem fazer a diferença em um diagnóstico precoce.

As leucemias, linfomas e mielomas múltiplos são os diferentes tipos de câncer hematológicos, para os quais existem diferentes sintomas e tipos de tratamento.

Com as evoluções nos tratamentos hematológicos, espera-se que cada vez mais pessoas possam ser curadas desse tipo de câncer.

Leia também sobre a neutropenia e entenda melhor essa reação comum em pacientes de quimioterapia que sofrem distúrbios na geração medulas (como no caso de leucemias, linfomas e mielomas, por exemplo).

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