A pergunta “o que causa Esclerose Múltipla” é objeto de extensa pesquisa e debate entre a comunidade médica e científica.
E ao longo destes anos de estudos, diversos fatores, incluindo predisposição genética, ambiente e interações complexas entre o sistema imunológico e fatores externos, são considerados elementos-chave que desenvolvem a doença.
Para esclarecer a você tudo o que causa Esclerose Múltipla, preparamos esse artigo. Vem com a gente!
O que é Esclerose Múltipla?
A Esclerose Múltipla (EM) é uma condição crônica e autoimune que afeta o sistema nervoso central, composto pelo cérebro, nervos ópticos e medula espinhal.
Nesta enfermidade, o sistema imunológico ataca equivocadamente a mielina, uma substância protetora das fibras nervosas, o que causa inflamação e danos à mielina e, em casos mais severos, ao próprio nervo.
Essa situação prejudica a transmissão eficaz dos impulsos nervosos e desencadeia uma ampla gama de sintomas, tais como fadiga, problemas de visão, dificuldades de locomoção, dores musculares, desequilíbrio e outros.
Quais são os primeiros sinais de Esclerose Múltipla?
Os primeiros sintomas da Esclerose Múltipla podem variar amplamente de pessoa para pessoa, e alguns dos sinais comuns incluem:
- visão turva, visão dupla ou dor ao movimentar os olhos;
- cansaço intenso que não melhora com descanso;
- sensações de formigamento, dormência ou fraqueza em partes do corpo;
- fraqueza muscular;
- problemas de equilíbrio e coordenação;
- dificuldades de concentração, perda de memória de curto prazo e problemas de raciocínio;
- problemas no controle da bexiga e intestino.
É essencial destacar que esses sintomas da Esclerose Múltipla não são exclusivos da doença e podem ser causados por diversas outras condições.
Por isso, consulte um profissional de saúde para diagnóstico e orientação adequada.
Quais os sintomas de Esclerose Múltipla?
Os sintomas de Esclerose Múltipla abrangem:
- mudanças relacionadas à fala e deglutição, como fala arrastada e dificuldade para engolir;
- fadiga intensa, ocasionalmente incapacitante;
- dificuldades cognitivas, que podem envolver comprometimento da memória e dificuldades na execução de tarefas;
- questões emocionais, como depressão, ansiedade e irritabilidade;
- problemas no controle urinário e intestinal, como bexiga hiperativa, constipação e urgência fecal;
- complicações visuais, como visão embaçada ou dupla, perda da intensidade das cores e até mesmo perda da visão;
- dificuldades de equilíbrio e coordenação, manifestadas por instabilidade ao caminhar, vertigens e fraqueza nos membros;
- rigidez excessiva em algum membro do corpo.
O que causa Esclerose Múltipla?
Ao falarmos sobre o que causa Esclerose Múltipla, existem fatores que vão desde os ambientais até os genéticos. Entenda mais na sequência.
Fatores ambientais
A Esclerose Múltipla tem sido associada a fatores geográficos, algo que demonstra maior incidência em regiões distantes do Equador.
A migração de pessoas para áreas de menor risco antes dos 15 anos parece afetar seu novo risco de desenvolver a doença, sugerindo uma possível influência de agentes ambientais antes da puberdade.
A deficiência prolongada de vitamina D também foi identificada como um fator de risco e associada ao que causa Esclerose Múltipla.
Isso porque essa vitamina desempenha um papel na função imunológica e pode proteger contra doenças autoimunes.
Assim, a exposição solar, mais prevalente em regiões próximas ao Equador, está associada à ativação da vitamina D no organismo, possivelmente explicando a menor incidência de EM nessas áreas.
Além disso, estudos indicaram que o tabagismo aumenta o risco de desenvolver e ter formas mais graves de Esclerose Múltipla.
No entanto, evidências também apontam que parar de fumar, tanto antes quanto depois do diagnóstico, pode retardar a progressão da doença.
No mais, a obesidade, especialmente durante a infância e adolescência, tem sido associada a um maior risco futuro de Esclerose Múltipla, principalmente em mulheres.
Fatores imunológicos
A Esclerose Múltipla é causada por uma resposta imunológica anômala que desencadeia inflamação e lesões no sistema nervoso central.
Duas células fundamentais nesse processo são as células T e B.
As células T, ativadas nos gânglios linfáticos, migram para o cérebro e medula espinhal pelos vasos sanguíneos, liberando substâncias que provocam inflamação e danos à mielina, neurônios e células produtoras de mielina.
Por outro lado, as células B, estimuladas pelas células T, produzem anticorpos e outras proteínas que, na Esclerose Múltipla, contribuem para os danos no sistema nervoso central.
Fatores genéticos
Entre o que causa Esclerose Múltipla, há os fatores genéticos.
Logo, indivíduos com parentes de primeiro grau, como pais, irmãos e filhos, que possuem Esclerose Múltipla têm uma probabilidade aumentada de serem diagnosticados com a doença.
O risco é particularmente elevado para aqueles com um irmão gêmeo afetado, apresentando uma chance de 25% de também serem diagnosticados com EM.
Fatores infecciosos
Por fim, ao falarmos sobre o que causa Esclerose Múltipla, temos os fatores infecciosos.
Nestes casos, diversos agentes infecciosos têm sido associados ao desenvolvimento da Esclerose Múltipla, com foco em dois tipos de vírus.
As pesquisas demonstraram que uma infecção prévia por eles está relacionada ao aumento do risco de Esclerose Múltipla:
- Retrovírus endógeno humano.
- Vírus Epstein-Barr, responsável pela mononucleose.
Logo, esses dois vírus entram na lista do que causa Esclerose Múltipla.
Como é feito o diagnóstico de Esclerose Múltipla?
O diagnóstico da Esclerose Múltipla é geralmente realizado por um neurologista. O processo diagnóstico inclui:
- avaliação clínica: análise dos sintomas e histórico médico do paciente;
- exames de imagem: como a ressonância magnética craniana e da coluna, essenciais para identificar lesões características da EM;
- análise do líquor: coleta do líquido cefalorraquidiano através de uma punção lombar, que pode oferecer suporte ao diagnóstico da EM.
Esclerose Múltipla tem cura?
A Esclerose Múltipla não tem cura conhecida até o momento.
Quanto à Esclerose Múltipla e tempo de vida, vale destacar que a expectativa de vida das pessoas com EM geralmente não é significativamente reduzida em comparação com a população em geral.
Mas o curso da doença pode apresentar desafios que afetam aspectos físicos, emocionais e sociais ao longo do tempo.
Quais os tratamentos para Esclerose Múltipla?
Agora que você já sabe o que causa Esclerose Múltipla, conheça abaixo alguns tratamentos para ela.
- medicamentos modificadores da doença;
- fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia;
- tratamentos para sintomas da Esclerose Múltipla, com medicamentos para tratar espasticidade, fadiga, dor, depressão e problemas urinários;
- infusão de imunoglobulina para reduzir a gravidade das recaídas;
- terapia com Interferon;
- tratamentos de Terapia Complementar, como acupuntura, ioga, massagem e afins.
O que fazer para evitar a Esclerose Múltipla?
Algumas ações que você pode tomar para evitar a EM, após saber o que causa Esclerose Múltipla, são:
- manter uma alimentação equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis;
- manter-se fisicamente ativo;
- evitar o tabagismo;
- garantir Vitamina D adequada;
- reduzir o estresse.
Conclusão
Hoje a nossa missão era esclarecer a você o que causa Esclerose Múltipla.
Como você viu, a interação entre fatores genéticos, ambientais, imunológicos e infecciosos parece desempenhar um papel crucial no desenvolvimento desta doença debilitante.
Além disso, mostramos que a falta de uma cura específica para a EM destaca a importância do manejo multidisciplinar e tratamentos focados nos sintomas para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
No mais, embora não haja medidas definitivas para evitar a EM, adotar um estilo de vida saudável, incluindo hábitos alimentares balanceados e atividade física regular, pode contribuir para a saúde geral.
Referências
– Hospital Albert Einstein
– Davita Serviços Médicos
– Pfizer
– EM One to One