Segundo a estimativa do Inca (Instituto Nacional de Câncer), a expectativa é que 11.540 casos novos de leucemia sejam registrados por ano entre 2023 e 2025. Os números são altos, mas você sabe o que causa leucemia, afinal?
Os números destacam a relevância de compreender o que está por trás desse tipo de câncer, mas conhecer os fatores de risco não apenas amplia a consciência, como também é fundamental para a prevenção e o diagnóstico precoce da doença.
Por isso, ao longo deste conteúdo, vamos compartilhar com você as principais causas desse tipo de câncer, além de esclarecer como a doença se desenvolve e como é possível preveni-la.
O que é leucemia?
A leucemia é um tipo de câncer que acomete as células do sangue produzidas pela medula óssea, comprometendo a capacidade de proteção do organismo contra infecções.
De acordo com a estimativa do Inca, destacada no início deste conteúdo, os homens estão entre o maior número de casos a serem registrados.
Entre os casos novos de 2023 a 2025, 6.250 dos pacientes diagnosticados devem ser homens e 5.290 mulheres.
Fatores de risco que podem causar leucemia
Tecnicamente, o que causa leucemia é um tipo de mutação genética que transforma uma célula do sangue em uma célula cancerígena, que se multiplica rapidamente e substitui as células saudáveis.
O acúmulo de células anormais tem origem na medula óssea, mas elas são liberadas no sangue e, com isso, transportadas para outros órgãos.
Apesar desse processo não ter um motivo desencadeador específico conhecido, existem alguns fatores de risco que podem contribuir para a doença. Confira quais são eles a seguir.
Genética e leucemia
Histórico familiar de leucemia ou mutações genéticas estão entre os fatores de risco da doença.
Isso porque essas condições podem ser herdadas, aumentando a predisposição genética para o surgimento da doença
Outras síndromes também aumentam os riscos de leucemia, como a síndrome mielodisplásica.
Exposição a Agentes Ambientais
A exposição a agentes externos também está entre as causas da leucemia. Entre esses agentes estão:
- diesel;
- poeiras;
- benzeno;
- formaldeído;
- agrotóxicos e solventes.
Benzeno, por exemplo, é uma substância encontrada na gasolina e no segmento da indústria química. Devido aos riscos, a exposição a esses elementos no ambiente de trabalho deve ser realizada com os itens de segurança adequados.
Outro fator de risco para o surgimento da leucemia é o consumo de tabaco. A radiação ionizante, usada na radioterapia, e alguns medicamentos utilizados na quimioterapia também são classificados como fatores de risco pelo Ministério da Saúde.
Tipos de Leucemia
Como vimos, a leucemia atinge as células sanguíneas da medula óssea, mas a doença pode se desenvolver de diferentes maneiras. Isso porque, na medula, são produzidas células diferentes, sendo as principais glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.
Os glóbulos brancos, também chamados de linfócitos, são produzidos pelas células linfoides, enquanto as plaquetas e os glóbulos vermelhos (conhecidos como eritrócitos ou hemácias) são desenvolvidos pelas células mieloides.
A classificação dos tipos de leucemia é feita de acordo com a velocidade de desenvolvimento da doença e com a célula afetada. Entenda a divisão a seguir.
Leucemia aguda
A leucemia aguda é caracterizada pelo desenvolvimento rápido da doença. Nesse caso existem dois grupos da doença, com base nas células afetadas.
Na leucemia mieloide aguda, acontece a rápida produção de células anormais pela medula óssea que se espalha pelo corpo. Esse tipo da doença é mais frequente em adultos e idosos, tendo a idade como fator de risco – quanto mais velho, maior o risco.
Por outro lado, a leucemia linfoide aguda é um diagnóstico mais comum em crianças, também de evolução rápida.
Leucemia crônica
Ao entender o que causa leucemia, observamos a produção de células anormais como o fator principal. O fato é que esse processo pode acontecer de forma rápida ou lenta.
No caso da leucemia crônica, o desenvolvimento das células cancerígenas é mais lento. Isso acontece porque, no início, essas células conseguem desempenhar o mesmo papel dos glóbulos saudáveis.
Depois, conforme perdem essa capacidade, os sintomas da doença se agravam de forma gradativa.
Aqui, também existem dois tipos da doença: a leucemia mieloide crônica e a linfoide crônica.
Os dois casos são mais comuns na idade adulta e em idosos, mas a leucemia linfoide crônica atinge mais pessoas acima dos 50 anos.
Leucemia mieloide
A leucemia mieloide atinge as células responsáveis por desenvolver os elementos sanguíneos, como os leucócitos, as plaquetas e os glóbulos vermelhos.
Esse tipo da doença é mais comum em adultos e pode ser aguda (com multiplicação rápida das células) ou crônica (com multiplicação lenta).
Leucemia linfoide
Na leucemia linfoide, as células afetadas são as responsáveis pelo sistema de defesa do corpo.
A leucemia linfoide crônica atinge mais adultos, enquanto a aguda é mais comum em crianças e se forma a partir do desenvolvimento de um linfócito danificado por um erro genético.
O erro genético impede o amadurecimento do linfócito e, portanto, evita que ele se transforme em uma célula sanguínea capaz de realizar suas funções normais.
Esse tipo de célula anormal é chamado de blastos leucêmicos ou linfoblastos.
Com o erro genético, elas crescem e se multiplicam muito mais rápido do que uma célula saudável, levando ao acúmulo de células disfuncionais e a falta de células saudáveis na medula óssea.
Sintomas que ajudam a identificar a leucemia
Os sinais que podem indicar a leucemia variam de acordo com o tipo e o estágio da doença, mas em geral existem alguns pontos de alerta para se atentar.
Com o desenvolvimento de células sanguíneas anormais, o organismo tem diversas funções prejudicadas, como o funcionamento do sistema imunológico, por exemplo.
Isso compromete ações naturais do corpo e permite a identificação de indícios da doença. Saiba quais os sintomas da leucemia:
- anemia;
- febre alta;
- imunidade baixa;
- infecções recorrentes;
- perda de peso inexplicada;
- fadiga ou cansaço frequente;
- dores frequentes nas articulações e nos ossos;
- hematomas ou sangramentos sem motivo aparente;
- inchaço nos gânglios linfáticos (ínguas, principalmente nas regiões do pescoço e axilas).
Nem sempre esses sintomas estão relacionados à leucemia, mas é importante buscar um médico para avaliar o quadro e receber o diagnóstico correto.
Diagnóstico Precoce
O diagnóstico precoce é um passo fundamental no tratamento para leucemia. Isso possibilita resultados melhores ao longo do tratamento e reflete diretamente na eficácia dos procedimentos.
Além de ficar atento aos sintomas e compreender o que causa leucemia, fazer acompanhamento médico e buscar um especialista ao identificar qualquer sinal da doença são passos essenciais.
Na prática, a detecção da leucemia é realizada por meio de exames clínicos, como coleta e análise de sangue, biópsia e avaliação genética.
A confirmação pode ser feita por meio de um exame da medula, chamado de mielograma, que tem como objetivo avaliar o funcionamento do órgão.
Para avaliação médica específica, é possível o encaminhamento para um hematologista, profissional especializado em doenças no sangue e de órgãos como a própria medula óssea.
O tratamento pode contar com radioterapia, imunoterapia, quimioterapia e, para casos específicos, transplante de medula óssea. Também é realizado o acompanhamento constante para controlar infecções e prevenir doenças.
Estratégias de Prevenção
Para ampliar a informação sobre os casos de leucemia e incentivar a doação de medula óssea, o Inca criou a campanha “Fevereiro Laranja”. O mês é dedicado a diferentes formas de conscientização sobre a doença.
Nesse contexto, saber o que causa leucemia é uma das principais formas de conscientização e prevenção da doença.
Embora algumas causas sejam desconhecidas, existem outras maneiras de garantir uma vida mais saudável e prevenir o desenvolvimento da doença com base em fatores de risco conhecidos e com possibilidade de modificação.
Algumas estratégias de prevenção incluem:
- eliminar o uso de tabaco;
- evitar a exposição a substâncias tóxicas;
- realizar consultas e exames médicos periodicamente;
- adotar um estilo de vida mais saudável, com atividades físicas regulares e alimentação equilibrada.
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Conclusão
A leucemia é uma doença que atinge as células sanguíneas produzidas pela medula óssea, o que leva a um mau funcionamento de elementos como os glóbulos brancos, plaquetas e hemácias.
Esse tipo de câncer se desenvolve de diferentes formas, por isso a classificação é feita de acordo com a célula afetada (linfoide ou mieloide) e o avanço da doença (aguda ou crônica).
As causas nem sempre são conhecidas, mas é importante entender o que causa leucemia e se atentar aos fatores de risco destacados ao longo deste conteúdo, como o tabagismo e a exposição a substâncias tóxicas.
Em geral, a prevenção é a melhor maneira de combater a leucemia e garantir um diagnóstico precoce, que contribui para a eficácia do tratamento.