A diabetes é uma condição que afeta grande parte da população mundial. Mas você sabe o que é a diabetes tipo 2 de maneira mais específica?
O tipo 2 é o mais comum entre as diferentes formas da doença e é justamente o que pode ser evitado através de bons hábitos de saúde.
Saiba mais sobre o assunto, sintomas de diabetes tipo 2, tratamento, cura e mais!
O que é a Diabetes Tipo 2?
A diabetes tipo 2 é uma doença crônica que causa altos níveis de açúcar no sangue devido à incapacidade do organismo de produzir insulina ou de aproveitá-la da forma correta. Essa incapacidade de produção da insulina ocorre de maneira progressiva e está relacionada aos hábitos de vida.
Diabetes Tipo 2 tem cura?
Apesar da possibilidade de ser bem controlada, a diabetes tipo 2 não tem cura. Esse entendimento é fundamental para quem deseja entender o que é diabetes tipo 2. As taxas de normalização de glicose podem ocorrer após um tempo de tratamento e com a mudança de hábitos de vida.
No entanto, o diagnóstico da diabetes continua e ela ainda precisa de monitoramento regular.
Isso porque os efeitos da descompensação de açúcar no sangue permanecem devido à memória metabólica do organismo e o corpo continuará sentindo os efeitos dessa descompensação.
É possível prevenir a Diabetes Tipo 2?
Embora a diabetes tipo 2 tenha influência de fatores genéticos, ela é uma doença complexa que acontece devido a inúmeros fatores.
Seus riscos podem diminuir significativamente com a adoção de hábitos saudáveis. Essa é a principal forma de prevenção da doença.
No artigo Prevenção do diabetes mellitus tipo 2, dos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, destaca-se que o foco da prevenção deve ser nos fatores modificáveis da doença.
Veja também: 8 hábitos preventivos para evitar diabetes
Quais são as causas da Diabetes Tipo 2
Para entender o que é a diabetes tipo 2, é preciso conhecer também as suas causas. Veja as principais de acordo com os Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia:
- obesidade: portadores de obesidade abdominal, com maior deposição de gordura visceral característica, apresentam maior risco para desenvolvimento de DM2;
- fatores dietoterápicos: a frequência no consumo de frutas e vegetais é inversamente proporcional aos níveis de hemoglobina glicada, forma de hemoglobina presente na identificação de altos níveis de glicemia;
- sedentarismo: o exercício físico melhora a sensibilidade insulínica via diferentes mecanismos, como através do aumento da concentração de enzimas mitocondriais nos miócitos e do número de fibras musculares de contração lenta, gera o desenvolvimento de capilares musculares, além de agir no processo de translocação dos transportadores de glicose.
- tabagismo: aumenta a concentração da gordura a nível abdominal, reduz a sensibilidade insulínica e eleva demasiadamente a concentração glicêmica;
- Estresse psicossocial: indivíduos com baixo nível de suporte emocional tiveram maior risco para diabetes sob eventos estressantes, quando comparados com aqueles com altos níveis de suporte emocional.
Principais sintomas da Diabetes Tipo 2
Dentre os principais sintomas de Diabetes tipo 2 estão:
- fome em excesso e sede de maneira frequente;
- vontade de urinar diversas vezes, além de infecções frequentes na bexiga ou rim;
- feridas que demoram para cicatrizar;
- visão turva ou embaçada.
- formigamento nos pés e mãos.
A visão turva e o formigamento nos pés e mãos são sintomas que indicam um estágio mais avançado da doença.
No entanto, os sintomas podem ser confundidos com outras doenças e até mesmo com estresse, por isso, muitos pacientes acabam adiando a ida ao médico.
Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), mostram que mais de 50% da população não sabe que tem a doença. Justamente por este motivo, em alguns casos indica-se uma busca ativa por parte dos médicos.
Diagnóstico da Diabetes Tipo 2
O diagnóstico da doença é feito, basicamente, através de três diferentes exames: a glicemia plasmática de jejum (GJ), o teste de tolerância à glicose por via oral (TTGO) e a hemoglobina glicada (HbA1c).
A recomendação da SBD é que sejam feitos testes laboratoriais para o diagnóstico em:
- todos os indivíduos com sintomatologia sugestiva de diabetes;
- em indivíduos assintomáticos com risco aumentado de desenvolver a condição.
Vale ressaltar que nem todos os casos de glicemia alterada preenchem os critérios para diabetes. Pessoas com hipoglicemia leve podem se classificar na fase pré-diabética.
Diferenças entre Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2
Além de entender o que é a diabetes tipo 2, é preciso diferenciá-la do tipo 1, afinal, ambas são causadas por diferentes fatores e apresentam sintomas distintos.
A diabetes tipo 1 não pode ser prevenida e seu aparecimento está relacionado a um defeito do sistema imunológico do indivíduo.
Neste caso, as células de defesa do organismo passam a atacar as células pancreáticas que produzem a insulina, por isso, o organismo não consegue metabolizar a glicose.
Já no tipo 2, o organismo perde a sensibilidade à insulina devido aos maus hábitos de vida.
Tratamentos da Diabetes Tipo 2
O tratamento para diabetes tipo 2 é baseado em alguns medicamentos e técnicas. Os inibidores da alfaglicosidase, por exemplo, é uma classe de medicamentos responsável por bloquear as enzimas que digerem os amidos dos alimentos.
Dessa maneira, é possível reduzir a velocidade de absorção da glicose pelo organismo.
Já as sulfonilureias, também utilizadas no tratamento contra a diabetes tipo 2, são fármacos responsáveis por estimular as células beta do pâncreas na liberação de insulina.
Por fim, as glinidas também podem ser utilizadas, pois apresentam ação parecida às sulfonilureias e rápido início de ação.
Dieta ideal para a Diabetes Tipo 2
Agora que vimos o que é a Diabetes Tipo 2, é possível saber que a alimentação tem bastante influência nesta síndrome, por isso, é importante manter uma dieta alinhada ao tratamento da doença.
De maneira geral, a melhor alimentação é aquela que dá preferência a alimentos in natura e minimamente processados, além de evitar ultraprocessados e bebidas açucaradas.
Conclusão
O diabetes tipo 2 é uma doença crônica caracterizada por altos níveis de açúcar no sangue devido à incapacidade do corpo de usar a insulina recomendada.
Embora não tenha cura, a doença pode ser controlada com mudanças nos hábitos de vida, como uma alimentação saudável e a prática regular de exercícios físicos.
Os principais sintomas incluem fome excessiva, sede frequente e vontade de urinar com frequência.
A prevenção é possível através da adoção de um estilo de vida saudável, o que pode reduzir significativamente os riscos. O tratamento envolve o uso de medicamentos específicos e uma dieta balanceada.