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O que são os princípios ativos de um medicamento?

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É comum escutar o termo “princípios ativos” em relação a medicamentos. No entanto, a maioria das pessoas não sabe o que isso significa.  A explicação é muito mais simples do que parece – e esclarece o porquê dos medicamentos genéricos serem uma opção tão acessível para o público geral.

Com o passar dos tempos e com a evolução da ciência, descobrimos, por exemplo, que a molécula conhecida como dipirona tem efeitos analgésicos, ou seja, de aliviar dores. Essas moléculas são exatamente o que chamamos de princípio ativo ou fármaco. Ou seja: é o componente dentro do medicamento que possui o efeito terapêutico.

O que é o princípio ativo de um medicamento?

 

De acordo com definição da Anvisa, o princípio ativo é o componente farmacologicamente ativo destinado a um medicamento.

Também chamado de fármaco, ele pode ser resumido como uma substância química em forma de moléculas, que possui um efeito terapêutico para o corpo humano. 

Ou seja, ele vai interagir com as células de determinada parte do corpo, com o objetivo de aumentar ou reduzir a função de um órgão. 

O princípio ativo é a parte fundamental de um medicamento, mas não é a única. Um comprimido de remédio, por exemplo, além do fármaco, contém também outras substâncias que vão auxiliar na sua durabilidade e podem intensificar a função para a qual ele foi criado.

Qual a origem dos princípios ativos do medicamento?

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Você já sabe o que é o princípio ativo de um medicamento, mas para entender o assunto por completo, é preciso saber também de onde eles são retirados.

O princípio ativo vem de substâncias que já utilizamos há milhões de anos com a função de cura, como os alimentos e as plantas.

Entretanto, uma planta, por exemplo, é formada por milhares de componentes. O princípio ativo é apenas um dos componentes que a formam e ele é isolado para poder ser utilizado com uma função específica.

Além disso, dentro dos medicamentos existe uma quantidade exata de princípio ativo, que é o que vem especificado na caixinha. Isso facilita na hora de consumir a dose do medicamento, de acordo com a recomendação médica.

Princípios ativos dos medicamentos genéricos

 

Hoje em dia, a ciência já avançou tanto que é possível sintetizar essas moléculas em laboratório, o que foi imprescindível para a medicina moderna.

Aliás, outro grande progresso neste sentido é a possibilidade de usar os mesmos princípios ativos em outros medicamentos.

É isso que permite, por exemplo, a criação dos genéricos, medicamentos de custo mais acessível e de qualidade para a população.

Medicamentos genéricos contêm os mesmos princípios ativos nas mesmas concentrações que os medicamentos referências. 

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o medicamento genérico “é aquele que contém o mesmo princípio ativo, na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência, apresentando eficácia e segurança equivalentes à do medicamento de referência podendo, com este, ser intercambiável.”

Apenas no Brasil, são mais de 400 princípios ativos já registrados, de quase trinta classes terapêuticas que combatem as patologias mais frequentes entre os brasileiros.

Leia também: Medicamento Genérico, Referência e Similar: O que são?

Por que os medicamentos genéricos são mais baratos?

principio ativo dipirona

Isso se deve ao fato de que a marca inclui o valor do investimento em pesquisa no preço do medicamento.

Já os medicamentos genéricos só podem ser lançados, após a patente do medicamento referência expirar. Dessa forma, ele não paga pela pesquisa, mas utiliza o mesmo princípio ativo, só que sem especificar uma marca.

Aqui no Brasil, vale lembrar que os medicamentos genéricos passam por rigorosos padrões de controle de qualidade para garantir que eles, de fato, contêm a mesma qualidade e eficácia dos medicamentos referências.

Os procedimentos, testes e pesquisas realizados pela Anvisa com os genéricos garantem o controle de qualidade antes de o medicamento ser registrado. 

A Anvisa garante que a intercambialidade, isto é, a troca do medicamento de referência pelo seu genérico pode ser feita de forma segura.

A agência realiza testes de equivalência farmacêutica, in vivo, entre outros tipos, para se certificar de que a qualidade do produto é compatível com o outro medicamento e possui a mesma eficiência.

 

Qual a diferença entre princípio ativo e excipientes?

Que o princípio ativo é o componente principal de um medicamento, que o torna eficaz, você já sabe.

Mas que dizer sobre a diferença entre princípio ativo e excipiente? O que cada um deles significa e como agem na composição do medicamento?

A verdade é que, enquanto o princípio ativo ou fármaco é responsável por interagir com o organismo ativamente, com ação terapêutica, o excipiente não tem ação ativa, serve apenas para dar forma ao medicamento.

Como seria inviável tomar os princípios ativos em pó em pequenas quantidades, por exemplo, são utilizados os excipientes — cápsulas, xaropes, gel, sachês, cremes, pomadas e outros.

Assim, o princípio ativo contém o “efeito” do medicamento, enquanto os excipientes apenas contribuem para sua fabricação e comercialização.

Existem vários tipos de princípios ativos, sendo alguns famosos:

  • princípio ativo do zolpidem;
  • rivotril princípio ativo;
  • flancox princípio ativo;
  • xarelto princípio ativo;
  • e atenolol princípio ativo.

Ainda, existem os mais usados entre os brasileiros, que são:

  • Ibuprofeno;
  • Bromoprida;
  • Isotretinoína;
  • Clonazepam;
  • Paracetamol;
  • Aciclovir;
  • e Amoxicilina.

Confira abaixo como funciona cada princípio ativo citado! Os princípios ativos são extremamente úteis para a fabricação de medicamentos genéricos, tão eficazes quanto os de referência, porém mais acessíveis para a população.

Aqui na Natcofarma, você pode encontrar diversas opções de medicamentos genéricos e produtos específicos para tratamentos oncológicos, hematológicos e primary care.

Tipos de princípios ativos

 

Já entendemos o que é o princípio ativo de um medicamento, certo?

Agora, é preciso saber também sobre a especificidade dos princípios ativos, que pode ser classificada em dois grupos, classificados conforme o seu mecanismo de ação.

São eles os específicos e inespecíficos.

Específicos 

 

Os princípios ativos com ação específica compreendem a maior parte dos medicamentos. 

Nesse tipo de atuação, os fármacos se ligam a alvos moleculares específicos que podem ser: 

  • sobre enzimas: neste caso o fármaco pode fornecer íons inorgânicos e age ativando ou inativando as enzimas, ou ainda, por mecanismo de adaptação, quando o fármaco induz a enzima a ficar ativa.
  • antagonismo: o antagonismo é a capacidade de um fármaco reduzir ou anular a atividade de outro. Pode ser classificado em químico, fisiológico e farmacológico.
  • transcrição gênica: geralmente encontrados em antibióticos, antimaláricos e antivirais, esses fármacos atuam na supressão da função gênica.

No caso do princípio ativo específico, a estrutura do princípio ativo é o que vai ditar as regras. Por isso, componentes com estrutura molecular parecida possuem também uma atuação similar.

– Inespecíficos

 

Já os fármacos inespecíficos não dependem da interação com alvos moleculares, como no caso acima, mas sim de suas propriedades físico-químicas.

Confira alguns exemplos:

  • grau de ionização;
  • tensão superficial;
  • solubilidade, entre outras.

Como sua atuação não é específica, esse tipo de princípio ativo precisa de concentrações mais altas para obter o efeito desejado.

Os antiácidos são exemplos de fármacos inespecíficos, já que não agem com alvos moleculares específicos, mas atuam aumentando o pH do estômago.

Também se encontram nessa classificação os hidratantes, antissépticos, emolientes e outros.

Os medicamentos inespecíficos são minoria. A maior parte dos princípios ativos é classificado como específico.

Princípio ativo exemplos

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Para entender o que é o princípio ativo de um medicamento, separamos uma lista com exemplos de sete princípios ativos bastante conhecidos e utilizados nas mais diferentes áreas. 

Confira!

-Ibuprofeno 

 

É derivado do ácido fenilpropiônico e tem sua atuação contra dor e febre.

O remédio é inibidor da síntese das prostaglandinas e possui propriedades analgésicas e antipiréticas.

Essas propriedades inibem a ação da cicloxigenase e, por meio do ácido araquidônico, diminuem a formação de precursores das prostaglandinas e dos tromboxanos.

Geralmente, é utilizado na área da Odontologia, Ginecologia, Ortopedia, Traumatologia e Otorrinolaringologia.

O ibuprofeno pode ser usado tanto em gotas quanto em comprimidos. 

– Bromoprida

 

O bromoprida é um princípio ativo indicado para refluxos gastroesofágico, distúrbios gastrointestinais, além de náuseas e vômitos.

Ele possui solução oral em gotas e comprimidos e também pode ser injetável.

Sua ação consiste no  bloqueio dos receptores da dopamina-2 (D2) no sistema nervoso central e no trato gastrointestinal.

É preciso ter cuidado com o medicamento nos seguintes tipos de público:

  • gestantes;
  • crianças;
  • idosos;
  • pessoas que sofrem de glaucoma;
  • diabetes;
  • doença de Parkinson;
  • insuficiência renal;
  • hipertensão;
  • pessoas sensíveis à neurolépticos.

– Isotretinoína

 

A isotretinoína é indicada para tratar a acne com risco de cicatrizes permanentes, acne nódulo-cística, conglobata e vulgar.

Na maior parte dos pacientes um único curso de tratamento é necessário, pois o medicamento atua inibindo a proliferação dos sebócitos, já que o sebo é o principal substrato para o crescimento do Propionibacterium acnes.

A isotretinoína é muito eficaz na cura da acne, pois age em nos fatores etiológicos da doença que são:

  • produção sebácea;
  • hiperqueratinização folicular;
  • colonização do ducto com Propionibacterium acnes;
  • processo inflamatório.

– Clonazepam

 

O clonazepam é indicado para uso adulto e pediátrico em tratamentos de crise epilética, transtorno de ansiedade, transtorno de humor, síndromes psicóticas, transtorno do pânico, fobia social, entre outras.

Ele pode ser em comprimidos por via oral, sublingual e solução oral em gotas. 

Suas propriedades farmacológicas incluem efeitos:

  • anticonvulsivante;
  • sedativo;
  • relaxante muscular;
  • ansiolítico.

– Paracetamol

 

Paracetamol é um princípio ativo analgésico e antipirético que alivia diversas dores, como:

  • dor de cabeça e enxaqueca;
  • dor de garganta;
  • dor de dente;
  • resfriados. 
  • dor nas costas;
  • dores musculares;
  • artrite; entre outras.

Ele pode ser encontrado em comprimido, revestido, suspensão oral, gotas, comprimidos mastigáveis e pó para preparação.

– Aciclovir

 

O Aciclovir é usado no tratamento contra infecção do vírus da Herpes simplex, na prevenção de recidivas da  Herpes simplex e também no tratamento da Herpes zoster.

O princípio ativo pode ser encontrado em forma de comprimido, creme, solução injetável e pomada oftálmica para o tratamento de ceratite por herpes simples. 

– Amoxicilina

 

A Amoxicilina é um antibiótico para o tratamento de infecções bacterianas de amplo espectro.

Ela é prejudicial aos germes sensíveis à ação da Amoxicilina e o medicamento só pode ser vendido com prescrição médica e retenção da receita.

O medicamento é encontrado em comprimido, cápsula e suspensão oral. Sua ação acontece através da inibição da biossíntese do mucopeptídeo da parede celular.

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Conclusão:

 

O que é princípio ativo de um medicamento?

E então, ficou mais claro o que é o princípio ativo de um medicamento? 

A substância química é formada por moléculas que possuem diversos efeitos terapêuticos distintos no corpo humano.

A princípio, os medicamentos se dividem em dois grandes grupos, classificados de acordo de como eles agem no nosso corpo: os específicos que são a maior classe e os inespecíficos, que são minoria na classe farmacêutica.

Vimos também alguns exemplos de princípios ativos de medicamentos e também o que são os princípios ativos de medicamentos genéricos que, basicamente, são a mesma fórmula do produto referência, mas não possuem marca.

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