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quais os sintomas de diabetes tipo 2

Sintomas de diabetes tipo 2: saiba quais são os tipos e o tratamento

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Reconhecer os sintomas de diabetes tipo 2 é muito importante para fazer o rastreamento da doença, exames e diagnóstico correto.

Atualmente o número de diabéticos adultos no mundo é de 537 milhões de pessoas. E se o número já parece alto, a tendência é que ele cresça ainda mais. 

De acordo com o Atlas do Diabetes a expectativa é que, até 2035, a taxa de pessoas com diabetes possa aumentar mais de 150%.

Para se ter ideia, no ano de 2021, cerca de 6,7 milhões de pessoas morreram de causas ligadas à doença em todo o mundo.

Na América do Sul, 1 em cada 11 adultos vive com diabetes, totalizando 32 milhões de pessoas. Além disso, ainda de acordo com o relatório, 541 milhões de adultos têm a tolerância à glicose prejudicada (IGT), o que os coloca em alto risco de diabetes tipo 2.

Quais são as principais causas? Como se inicia a diabetes tipo 2?

Antes de saber os sintomas de diabetes tipo 2, conheça as principais causas.

Principais fatores de risco

A Diabete Melitus tipo 2 (DM2)s tipo 2 é uma doença que possui interferência tanto de fatores genéticos quanto de fatores ambientais.

Dentre os principais fatores de risco estão:

Obesidade – o sobrepeso e a obesidade são fatores de risco para a Diabete Melitus tipo 2. O risco é maior para pessoas que têm um IMC acima de 25. Cerca de 90% das pessoas com diabetes tipo 2 possuem excesso de peso.

Histórico familiar – o histórico de parentes, principalmente de primeiro grau, aumentam o risco de desenvolvimento de diabetes. Essas pessoas devem ter um cuidado ainda maior com o excesso de peso.

Etnia – as etnias com maiores riscos de diabetes são: asiáticos, hispânicos, negros e brancos em ordem decrescente.

Gordura abdominal – outro fator que tem influência é o modo como a gordura está distribuída. A gordura abdominal apresenta maior risco em relação à gordura no quadril, por exemplo. Medidas de cintura  a partir de 102 cm para homens e de 88 cm para mulheres elevam o risco de desenvolver diabete tipo 2.

Idade – apesar de também ocorrer em crianças e jovens, é mais comum a partir dos 45 anos.

Sedentarismo – o sedentarismo aumenta o risco de obesidade e de diabetes. Já a prática de atividade física ajuda a controlar o peso e também influencia nos níveis de glicose no sangue.

Cigarro – o cigarro aumenta em 40% a chance de desenvolver diabetes tipo 2.

Dieta – pessoas que consomem muita carne vermelha, alimentos processados, calorias em excesso e muito açúcar também têm um risco aumentado para DM2.

Hipertensão – a hipertensão é um fator de risco para a diabetes. O que não se sabe é se ela apenas possui os mesmos fatores de risco ou se possui um papel importante no desenvolvimento da doença;

Colesterol elevado – tanto o alto nível de LDL quanto o baixo nível de HDL são fatores para o alto risco da doença;

Síndrome dos ovários policísticos (SOP) – é comum que mulheres com SOP desenvolvam resistência à insulina, aumentando o risco de diabetes;

Diabetes gestacional – se a mulher tiver diabetes durante a gestação, ela fica com risco elevado de desenvolver a diabetes tipo 2 até dez anos após a gravidez.

Uso de corticóides – o uso de corticóides de forma prolongada tem como possível efeito colateral o desenvolvimento de possíveis sintomas de diabetes tipo 2.

Leia também: Como fortalecer o sistema imunológico: confira as melhores dicas e pesquisas sobre o assunto

Como é feito o diagnóstico?

De acordo com a Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (SDB) recomenda-se usar como critério de diagnóstico de DM a glicemia plasmática de jejum maior ou igual a 126 mg/dl. 

Resultados de glicemia em jejum que vão de 100 a 125 mg/dL, já são indicação de pré-diabetes. 

Já o teste oral de tolerância oral à glicose (TOTG) é indicado em situações nas quais o paciente apresenta dois ou mais fatores de risco.

Neste teste o paciente realiza ingestão oral de glicose anidra, após manter dieta elevada em  carboidratos por 3 dias.

A coleta de glicose é realizada após 2h e o resultado é medido da seguinte forma:

  • igual ou acima de 200 mg/dL – diabetes; 
  • entre 140 e 199 mg/dL –  intolerância diminuída à glicose. 

Existe ainda um outro método para o diagnóstico chamado de hemoglobina glicada (HbA1c). Ele busca determinar a quantidade média de glicose absorvida pela hemoglobina no sangue.

Resultados de até 5,6% são considerados normais. Entre 5,7 e 6,5% o diagnóstico é de pré-diabetes e, acima de 6,5%, o indivíduo é considerado diabetico.

Os valores são, basicamente, resumidos da seguinte maneira:

  • glicemia de jejum alterada → ≥ 126 mg/dL
  • glicemia após sobrecarga de glicose ou glicemia ao acaso → ≥ 200 mg/dL
  • hemoglobina glicada ou HbA1c → ≥ 6,5%.

Conheça os principais sintomas de diabetes tipo 2

Pessoa tomando remédio para diabetes tipo 2

Os sintomas de diabetes tipo 2 costumam aparecer em uma fase mais avançada da doença.

Isso porque a Diabetes tipo 2 é, na maior parte das vezes, uma doença silenciosa  e, por isso, é importante ficar atento, principalmente se o paciente apresentar fatores de risco.

Quando os sintomas da diabetes tipo 2 aparecem, pode surgir:

  • boca seca e sede em excesso;
  • fome constante;
  • vontade de urinar repetidamente;
  • perda de peso;
  • cansaço frequente;
  • feridas que demoram cicatrizar;
  • formigamento nos membros inferiores;
  • visão embaçada;
  • aparecimento de manchas escuras nas dobras, como pescoço, axila e virilha.

Cerca de 40% das pessoas que desenvolveram a doença não têm conhecimento sobre isso devido a ausência de sintomas da diabetes tipo 2 nas fases iniciais. 

Por isso, a busca ativa por casos está indicada em algumas situações. De acordo com as diretrizes da SDB, o rastreamento é recomendado para todos os indivíduos com 45 anos ou mais, mesmo aqueles que não apresentam fatores de risco.

O rastreamento também deve ser feito em pessoas com sobrepeso/obesidade que tenham pelo menos um fator de risco adicional para a diabetes tipo 2.

Se não houver controle da diabetes, ao longo dos anos essa descompensação acaba gerando problemas aos órgãos como os rins, olhos e nervos.

Leia também: Microangiopatia: entenda o que é a condição e quando é preciso se preocupar com ela

Tratamento da diabetes tipo 2 

Diante de um diagnóstico de diabetes, muitas pessoas ficam assustadas e inseguras. Mas um profissional de saúde consegue ajudar o paciente no controle do medo e na busca pela precaução.

O primeiro passo é o controle da glicemia. Para isso, a adoção de hábitos saudáveis é essencial, incluindo uma mudança alimentar e a prática de atividades físicas.

O planejamento alimentar faz parte de uma vida mais saudável para qualquer pessoa, principalmente para quem tem diabetes. Não se trata de uma dieta, mas sim de uma reeducação alimentar. 

Medicamentos

A maior parte dos casos de diabetes tipo 2 é tratada com medicação oral. 

Os medicamentos antidiabéticos podem tanto aumentar a produção de insulina, quanto melhorar a sensibilidade do organismo a ela.

Eles também podem reduzir a produção de glicose, assim como a absorção dela na alimentação.

As principais classes de medicamentos para diabetes são:

  • Biguanidas: aumentam a absorção de glicose por tecidos e diminuem sua produção no fígado. 
  • Sulfonilureias: ação hipoglicemiante, aumentando a produção de insulina pelo pâncreas;
  • Meglitinidas: aumentam a oferta de insulina, a partir da atuação sobre receptores de células beta do pâncreas;
  • Acarbose: retarda a metabolização da glicose no intestino e reduz a presença dessas moléculas no sangue;
  • Glifozinas: aumentam a eliminação de glicose pela urina, a partir da atuação nos rins como inibidores do SGLT2 (cotransportador de sódio-glicose).
  • Gliptinas: sua função é estimular a produção de insulina, retardar o esvaziamento do estômago e reduzir o apetite.
  • Agonistas dos receptores do GLP-1: bloqueiam a oferta de glicose pelo fígado e diminuem sua absorção no estômago e intestino, além de atuar também como redutor de apetite. 

Uso de insulina

aplicação de insulina por sintomas de diabetes tipo 2

O uso de insulina não é indicado para todos os pacientes com sintomas de diabetes tipo 2, mas  sim para casos em que o medicamento oral não é suficiente, geralmente, logo após o diagnóstico ou em casos de diabetes de difícil controle.

Como é feita a medição de glicemia?

A medição da glicemia deve ser feita ao menos uma vez ao dia, no entanto, essa recomendação, que deve ser feita pelo médico, pode variar de acordo com as características de cada paciente.

Para quem realiza a administração de insulina, o número de medições costuma ser de 3 a 4 vezes por dia.

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E como funciona o acompanhamento?

O acompanhamento da diabetes deve ser feito por meio de exames e consultas regulares com a equipe médica.

O exame de neuropatia costuma ser realizado uma vez ao ano por meio do Teste do Monofilamento. Ele é feito nos pés para testar a sensibilidade e pode ser realizado em consulta.

Para investigação de Retinopatia, a frequência pode ser anual ou com menor intervalo de tempo. O exame de fundo de olho pode detectar alterações nos vasos sanguíneos.

Já o acompanhamento de nefropatia se inicia logo após o diagnóstico.

Conclusão: sintomas de diabetes tipo 2

Como vimos, os sintomas de diabetes tipo 2 podem aparecer quando a doença já está mais avançada e são manifestações corriqueiras, como sede excessiva, boca seca, formigamento nas mãos e nos pés, dentre outros.

Por isso, no consultório é importante ficar atento aos sintomas e aos fatores de risco da doença para saber quando realizar a investigação.

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