O câncer de mama avançado é um estágio da doença em que as células cancerígenas se espalham para além da mama e atingem outros órgãos.
Essa condição exige atenção imediata e cuidados especializados, pois impacta significativamente a qualidade de vida da paciente.
Para que você entenda melhor sobre esse assunto, neste texto abordaremos os sintomas, os estágios da doença e as opções de tratamento disponíveis, além de reforçar a importância do diagnóstico precoce.
Com informações claras e precisas, buscamos orientar e conscientizar sobre esse desafio da saúde feminina.
Quando o câncer de mama é considerado avançado?
O câncer de mama é considerado avançado quando chega aos estágios 3 ou 4, cada um com características específicas que indicam o grau de progressão da doença.¹
No estágio 3, o tumor já se espalhou para os gânglios linfáticos ou estruturas próximas, mas não atingiu órgãos distantes, o que permite tratamentos como cirurgia e radioterapia.
Já o estágio 4 é o câncer metastático, quando as células se disseminam para órgãos como pulmões, fígado, ossos ou cérebro.
Nessa fase, o tratamento é sistêmico, com quimioterapia, imunoterapia ou terapias hormonais, e busca controlar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida da paciente.
Como o câncer de mama se torna avançado?
O câncer de mama se torna avançado quando as células malignas conseguem se desprender do tumor original e migrar para outras regiões do corpo.
Esse processo pode acontecer por meio da corrente sanguínea ou do sistema linfático, o que facilita o acesso dessas células a outros órgãos e tecidos.²
As áreas mais frequentemente atingidas pelas metástases do câncer de mama incluem ossos, pulmões e fígado.
No entanto, em alguns casos, o câncer também pode se espalhar para o cérebro, ovários, pele e região abdominal.
Esse avanço indica que a doença ultrapassou os limites da mama e dos gânglios linfáticos próximos, o que caracteriza um estágio mais grave que exige tratamentos sistêmicos.
Quais são os estágios de um câncer de mama?
O câncer de mama é classificado em estágios de 0 a 4, conforme seu tamanho, disseminação e características biológicas (como receptores hormonais e proteína HER2).³
A definição do estágio é feita por meio de exames de imagem, biópsias e análises laboratoriais.
Abaixo, entenda mais sobre cada um dos estágios.
Estágio 0
No estágio inicial, chamado de carcinoma in situ, as células anormais estão restritas aos ductos mamários e ainda não invadiram os tecidos ao redor.
Esse tipo de câncer não é invasivo e costuma ser identificado por mamografias de rotina.
Aqui, as chances de cura são bastante altas.
Estágio I
Neste estágio, o tumor já é invasivo, mas tem menos de 2 cm e não compromete os linfonodos axilares.
O tratamento costuma envolver cirurgia conservadora ou mastectomia, além de radioterapia.
Estágio II
Dividido em:
- IIA: tumor de 2 a 5 cm sem comprometimento linfonodal ou menor que 2 cm com linfonodos afetados.
- IIB: tumor maior que 5 cm sem metástase ou entre 2-5 cm com linfonodos comprometidos.
O tratamento deste estágio combina cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapias-alvo.
Estágio III
Considerado localmente avançado, o tumor pode ultrapassar 5 cm e atingir diversos linfonodos, além de estruturas próximas como pele e músculos.
O tratamento é mais intenso e envolve várias abordagens combinadas.
Estágio IV
Neste estágio, o câncer se espalhou para outros órgãos, como ossos, fígado ou pulmões, sendo classificado como câncer de mama metastático.
O tratamento é sistêmico e tem como foco o controle da doença e a qualidade de vida da paciente.

Quais os sintomas de câncer de mama avançado?
Os sintomas do câncer de mama avançado podem variar de acordo com os órgãos afetados pelas metástases e costumam incluir:
- cansaço persistente, sem causa aparente;
- desconforto ou inchaço na parte superior do abdômen ou sob as costelas;
- dores de cabeça intensas ou contínuas, com perda de equilíbrio, convulsões ou dificuldade de coordenação;
- dor nos ossos, como costas, quadris, braços, pernas ou costelas, especialmente se durar mais de uma ou duas semanas e piorar à noite;
- fraqueza ou dormência nas pernas, com ou sem perda do controle urinário e/ou intestinal;
- icterícia, que é o amarelamento da pele e da parte branca dos olhos;
- náusea constante;
- perda de apetite e perda de peso inexplicável;
- tosse seca ou falta de ar;
- visão ou fala alterada.
Quem tem câncer de mama avançado tem cura?
O câncer de mama avançado, especialmente quando está no estágio 4 (metastático), é considerado uma doença crônica e, na maioria dos casos, não tem cura definitiva.⁵
Isso acontece porque as células cancerígenas já se espalharam para outros órgãos do corpo, como ossos, pulmões, fígado ou cérebro, o que torna o controle total da doença mais difícil.
O que fazer quando o câncer de mama está avançado?
Quando o câncer de mama está avançado, o foco do tratamento é controlar o crescimento do tumor, evitar que ele se espalhe e aliviar os sintomas para promover mais qualidade de vida.⁶
A principal abordagem é a terapia sistêmica, que inclui hormonioterapia, quimioterapia, imunoterapia e terapia–alvo.
Esses tratamentos podem ser usados sozinhos ou combinados com cirurgia e radioterapia, tudo depende do caso.
O acompanhamento médico individualizado é essencial para definir a melhor estratégia e adaptar o tratamento às necessidades da paciente.


Tratamento para o câncer de mama avançado
O tratamento do câncer de mama avançado é individualizado e depende das características do tumor, localização da metástase, sintomas e tratamentos anteriores.
O principal objetivo do tratamento, nesta etapa, é controlar a doença, reduzir sintomas e melhorar a qualidade de vida.⁷
Como falamos anteriormente, a terapia sistêmica, como hormonioterapia, quimioterapia, imunoterapia e terapia-alvo, é a mais utilizada.
Em alguns casos, cirurgia e radioterapia também são indicadas, podendo ser combinadas para ampliar a eficácia e minimizar efeitos colaterais.
Conclusão
Diante do diagnóstico de câncer de mama avançado, é fundamental contar com acompanhamento médico especializado e tratamentos adequados à fase da doença.
Mesmo que o estágio 4 não tenha cura, os avanços na medicina permitem controlar os sintomas, retardar a progressão e garantir mais qualidade de vida às pacientes.
E nesta etapa, reconhecer os sintomas, entender os estágios e buscar tratamento o quanto antes fazem toda a diferença.
Com abordagens como terapias sistêmicas e cuidados personalizados, é possível viver com dignidade e esperança, enfrentando o câncer de forma mais moderada e informada.
Referências
¹ FEMAMA Brasil
² Instituto Oncoguia
³ Instituto Peito Aberto
⁴ Instituto Oncoguia
⁵ Câncer de mama Brasil
⁶ Cleveland Clinic
⁷ Prof. Dr. Silvio Bromberg – especialista em mastologia e ginecologia