Primeiramente, o Ministério da Saúde recentemente abriu uma consulta pública para elaboração de protocolo tratamento da Síndrome Mielodisplásica. Conhecido como PCDT, trata-se de uma proposta de elaboração do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Síndromes Mielodisplásicas (SMD) de Baixo Risco.
Vale destacar que Mielodisplasia ou Síndrome Mielodisplásica ocorre quando as células localizadas na medula óssea começam a apresentar problemas em sua produção e em seu amadurecimento, provocando assim um excesso de células jovens no organismo. Dessa forma, com o tempo, essa disfunção pode tornar essas células cancerosas, transformando-se em uma forma de leucemia.
Mas quais são os objetivos do PCDT?
O objetivo principal da terapia para as SMD de baixo risco é melhorar as citopenias, condição em que os níveis das células sanguíneas no corpo estão anormalmente baixos.
Desse modo, é possível prevenir complicações, sangramento, além de infecções graves, bem como reduzir a necessidade de transfusão de hemocomponentes (obtidos através de duas centrifugações seriadas do sangue total) e consequentemente para melhorar a qualidade de vida do portador da Síndrome Mielodisplásica.
No site da Conitec, Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde, é possível conferir na íntegra a proposta de PCDT.
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Saiba mais sobre a abordagem terapêutica
Entre as opções de tratamento não farmacológico com a utilização de transfusões de hemocomponentes, fundamentais para o tratamento de pacientes com SMD, estão:
- Transfusão de concentrado de hemácias;
- Transfusão de plaquetas;
- Transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) alogênico.
Já entre as opções farmacológicas, estão:
- Agentes estimulantes da eritropoese;
- Fator estimulador de colônias de granulócitos;
- Imunossupressão com globulina antitimocítica e ciclosporina;
- Quelação de ferro.
É necessário reforçar que, como se trata de doença com curso clínico variável, o diagnóstico, a estratificação de risco e tratamento são feitos por médicos hematologistas.
O protocolo também prevê que os pacientes com SMD de baixo risco devem ser atendidos em hospitais com serviço de hematologia, habilitados ou não em oncologia.
Por fim, uutro ponto importante, devido à possibilidade de interação medicamentosa há a necessidade de monitoramento cuidadoso com os pacientes na administração do tratamento, com o intuito de evitar quaisquer complicações.
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