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Entenda como é feito o diagnóstico do tumor neuroendócrino

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O tumor neuroendócrino representa um grupo heterogêneo de neoplasias que surgem a partir de células do sistema neuroendócrino. 

Embora relativamente raros, esses tumores podem se desenvolver em diferentes partes do corpo, como no trato gastrointestinal, pulmões, pâncreas e outros locais. 

Devido à sua diversidade e manifestações clínicas variadas, o diagnóstico preciso de tumores neuroendócrinos é desafiador.

Isso significa que muitas vezes exige uma abordagem multidisciplinar e o uso de diferentes métodos de imagem, biomarcadores e análises histopatológicas. 

Por isso, neste texto, entramos em detalhes nos aspectos fundamentais relacionados a esses tumores.

Aqui, falaremos desde sua fisiopatologia até as estratégias diagnósticas atualizadas que têm sido essenciais para o manejo clínico e tratamento dessa condição complexa.

O que é um tumor neuroendócrino?

Um tumor neuroendócrino é um tipo de neoplasia que se desenvolve a partir de células do sistema neuroendócrino, que estão presentes principalmente no trato gastrointestinal e nos pulmões.

Mas podem ocorrer em outras partes do corpo. 

Além disso, quando falamos sobre o que significa tumor neuroendócrino, vale destacar que esses tumores podem ser benignos ou malignos e produzir hormônios que causam uma variedade de sintomas.

Tudo depende da sua localização e da substância que secretam.

Quais são os fatores de risco para a ocorrência do tumor neuroendócrino?

Os fatores de risco para a ocorrência deste tumor são:

  • síndrome de von Hippel-Lindau;
  • neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (MEN1);
  • complexo de esclerose tuberosa;
  • neurofibromatose tipo 1;
  • neoplasia endócrina múltiplas tipo 2 (MEN2).

Quais são os principais sintomas do tumor neuroendócrino?

Os tumores neuroendócrinos podem permanecer assintomáticos por anos. 

E à medida que avançam, podem apresentar sinais e sintomas inespecíficos, tais como:

  • inchaço nos pés e tornozelos;
  • fadiga ou fraqueza;
  • taquicardia ou palpitações;
  • alterações na pele, como afinamento, surgimento de manchas ou lesões;
  • diarreia;
  • dor abdominal ou cólicas;
  • tosse com chiado;
  • vermelhidão no rosto ou pescoço;
  • pressão alta;
  • níveis alterados de glicose no sangue;
  • falta de ar;
  • sensação de saciedade precoce;
  • perda ou ganho de peso inexplicável.

Como diagnosticar um tumor neuroendócrino?

O diagnóstico de um tumor neuroendócrino deve ser realizado apenas por um médico especializado e varia dependendo do tipo específico, localização, se há produção excessiva de hormônios, agressividade e disseminação para outras partes do corpo. 

Por isso, é importante consultar um médico, uma vez que diversos exames são fundamentais para diagnosticá-lo. 

Conheça alguns destes exames na sequência.

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História Clínica e Exame Físico

A avaliação inicial do paciente inclui uma revisão detalhada dos sintomas, histórico médico e um exame físico minucioso. 

Tudo isso ajuda o médico a identificar possíveis indicadores de um tumor deste tipo e a direcionar exames diagnósticos mais específicos.

Exames Laboratoriais

Os exames de sangue são realizados para medir níveis hormonais ou marcadores tumorais específicos que podem indicar a presença do tumor. 

Isso inclui a medição de substâncias como cromogranina A, 5-HIAA (ácido 5-hidroxiindolacético) e outros marcadores tumorais relacionados.

Imagem por Ressonância Magnética (RM) e Tomografia Computadorizada (TC)

A RM e a TC são essenciais para identificar a localização do tumor, sua extensão e possíveis metástases. 

Afinal, esses exames permitem uma visualização detalhada das estruturas internas do corpo, o que ajuda na determinação do tamanho, localização e características do tumor.

Cintilografia com Octreotídeo (SPECT/CT com Octreotídeo)

Esse exame, também conhecido como varredura com octreotídeo, é usado para identificar tumores neuroendócrinos que possuem receptores para hormônios como a somatostatina.

Na prática, o paciente recebe uma substância radioativa ligada a octreotídeo, que é detectada por uma câmera especial para localizar os tumores que expressam esses receptores.

Ultrassonografia

A ultrassonografia é utilizada para examinar órgãos internos, o que colabora para identificar tumores no trato gastrointestinal, pâncreas e outras áreas. 

Este exame pode ser utilizado para guiar biópsias ou para avaliar características específicas do tumor.

Biópsia

A biópsia é um procedimento crucial para o diagnóstico definitivo deste tumor.

Para fazê-la, é preciso coletar uma amostra de tecido do tumor, geralmente por meio de uma agulha ou durante uma cirurgia. 

Essa amostra é examinada por um patologista para determinar a natureza do tumor, sua classificação histológica, agressividade e grau de diferenciação celular. 

Endoscopia

A endoscopia é um procedimento que permite a visualização direta do interior de certos órgãos, como o trato gastrointestinal, utilizando um tubo flexível com uma câmera na extremidade. 

Ela é útil no diagnóstico de tumores neuroendócrinos no trato gastrointestinal, pois permite a observação do tumor, sua localização e tamanho. 

Além disso, durante a endoscopia, é possível realizar biópsias direcionadas, coletando amostras do tumor para análise histopatológica, o que contribui para o diagnóstico e planejamento do tratamento.

Testes moleculares

Testes moleculares, como sequenciamento genético ou testes de mutações específicas, podem ser realizados para identificar alterações genéticas ou biomarcadores específicos associados a certos tipos de tumores neuroendócrinos. 

Deste modo, esses testes podem ajudar na confirmação diagnóstica e no planejamento do tratamento.

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Quais são os possíveis tratamentos para tumor neuroendócrino?

A escolha do tratamento para um paciente com este tumor é baseada em múltiplos fatores, como tipo de tumor, estágio, localização, estado de saúde geral do paciente e preferências individuais.

Com isso em mente, abaixo listamos alguns dos possíveis tratamentos para tumores neuroendócrinos. 

Acompanhe.

Vigilância ativa

Recomendada para tumores neuroendócrinos de baixo grau, esse tratamento envolve monitoramento regular por meio de exames para observar a progressão da doença.

Remoção cirúrgica

Geralmente realizada para tumores neuroendócrinos localizados, a cirurgia visa remover o tumor primário.

Hormonioterapia

Trata-se da utilização de terapias hormonais, principalmente à base de somatostatina, que têm como objetivo controlar os níveis hormonais produzidos pelo tumor.

Terapia-alvo

Tem enfoque terapêutico que identifica e ataca especificamente as células cancerígenas, com foco em interromper o crescimento tumoral.

Quimioterapia

A quimioterapia é usada para tumores neuroendócrinos disseminados ou quando outras opções terapêuticas, como terapia-alvo ou hormonioterapia, não são eficazes.

Imunoterapia

A imunoterapia estimula o sistema imunológico do paciente para identificar e destruir as células cancerígenas.

Radioterapia

Envolve o uso de radiação para destruir as células cancerígenas e é aplicada em determinadas situações, como tratamento primário ou como terapia paliativa para alívio de sintomas.

Conclusão

Lidar com tumores neuroendócrinos envolve um processo diagnóstico complexo e multifacetado. 

Desde a identificação desses tumores, com manifestações clínicas variadas, até a confirmação definitiva através de métodos como imagem, biomarcadores e análises histopatológicas, o diagnóstico preciso demanda uma abordagem multidisciplinar. 

Neste contexto, exploramos ao longo deste artigo desde a fisiopatologia desses tumores até as estratégias diagnósticas atualizadas, cruciais para o manejo clínico dessas condições.

Como você viu, os métodos diagnósticos variam e vão desde a avaliação detalhada dos sintomas, histórico médico e exame físico, até exames laboratoriais, como medição de níveis hormonais, e métodos de imagem como Ressonância Magnética e Tomografia Computadorizada. 

Neste cenário, a biópsia, fundamental para o diagnóstico definitivo, juntamente com exames moleculares e a endoscopia, são peças-chave para confirmar a presença e características dos tumores neuroendócrinos. 

Com essas informações em mãos, torna-se possível a definição de um plano de tratamento personalizado, considerando fatores como tipo de tumor, estágio, localização e preferências do paciente.

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