impacto do estresse no controle do açúcar no sangue

Impacto do estresse no controle do açúcar no sangue: entenda

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O impacto do estresse no controle do açúcar no sangue é um tema que merece atenção especial para a saúde em geral.  

O estresse, seja ele físico ou emocional, é uma resposta natural do corpo. Mas quando se torna crônico, pode desequilibrar todo o nosso sistema, afetando diretamente a glicose (o açúcar) que circula no sangue.  

Essa relação é vital, pois níveis descontrolados de açúcar no sangue podem complicar o processo de cicatrização e impactar a qualidade de vida, entre outros problemas. 

Neste artigo, vamos desvendar essa conexão complexa entre o estresse e a glicemia. Vamos te ajudar a reconhecer sinais de estresse no seu corpo, a compreender como ele age quimicamente e, o mais importante, a adotar estratégias simples e eficazes para proteger seu bem-estar.  

Confira e tenha um melhor controle do açúcar no sangue no dia a dia.  

Como reconhecer o estresse? 

O estresse não é apenas uma sensação, mas uma reação física e mental do seu corpo a qualquer demanda ou ameaça. Por isso, reconhecer que o estresse pode afetar seu bem-estar mental e emocional e, consequentemente, afetar sua saúde física é o primeiro passo para combatê-lo. 

Pois quando você está estressado, seu corpo entra no modo “lutar ou fugir”. Essa resposta envolve a liberação de hormônios como cortisol e adrenalina.  

Esses hormônios têm uma missão: preparar seu corpo para a ação, liberando energia imediata. E de onde essa energia vem? Principalmente do açúcar armazenado. 

Para identificar o estresse e tomar medidas para gerenciá-lo, preste atenção aos sinais que seu corpo e sua mente estão enviando. 

Sinais físicos comuns de estresse: 

  • Dores de cabeça frequentes ou enxaquecas; 
  • Tensão muscular, especialmente no pescoço e ombros; 
  • Problemas digestivos como dor de estômago, diarreia ou constipação; 
  • Fadiga e cansaço constante, mesmo após dormir; 
  • Dificuldade para dormir (insônia) ou dormir demais; 
  • Aumento da frequência cardíaca ou palpitações. 

Sinais emocionais e comportamentais: 

  • Ansiedade e preocupação excessiva e persistente; 
  • Irritabilidade e mau humor frequentes; 
  • Dificuldade de concentração ou de tomar decisões; 
  • Mudanças no apetite (comer demais ou de menos); 
  • Isolamento social; 
  • Sentimento de sobrecarga ou perda de controle. 

É importante entender que esses sinais podem estar ligados ao estresse. Reconhecer isso permite que você converse com profissionais de saúde e busque formas de contornar o problema. 

Como diferentes tipos de estresse podem afetar sua glicemia? 

Os especialistas geralmente dividem o estresse em emocional (ou psicológico) e físico. Ambos têm um impacto do estresse no controle do açúcar no sangue, mas por caminhos ligeiramente diferentes. 

Estresse emocional (psicológico) 

Este é o estresse causado por preocupações do dia a dia, problemas financeiros ou conflitos pessoais. 

O estresse emocional leva à liberação prolongada de cortisol (o “hormônio do estresse”). A partir daí, o cortisol sinaliza ao fígado para liberar mais glicose na corrente sanguínea. Isso é uma estratégia de sobrevivência: o corpo acredita que precisa de energia rápida.  

Além disso, o cortisol pode tornar as células menos sensíveis à insulina (o hormônio que ajuda o açúcar a entrar nas células). O resultado é a resistência à insulina, fazendo com que o açúcar se acumule no sangue, elevando os níveis de glicemia. 

Estresse físico (fisiológico) 

Este estresse é causado por doenças, lesões, cirurgias, infecções ou mesmo por conta de tratamentos para alguma doença. 

A partir deste tipo de estresse surge uma resposta inflamatória e a liberação de adrenalina e outros hormônios de contrarregulação. Então a adrenalina age rapidamente, liberando glicose para combater a ameaça (infecção, por exemplo).  

Medicamentos como os corticosteroides (muitas vezes usados para gerenciar náuseas ou inflamação no tratamento oncológico) são notórios por aumentar drasticamente a resistência à insulina e a produção de glicose pelo fígado.  

Por isso, a glicemia pode subir muito após a administração desses medicamentos – em ambos os casos, o corpo reage para se proteger. Mas, no contexto do diabetes essa reação resulta em hiperglicemia (açúcar alto no sangue), dificultando o controle da doença. 

Por que monitorar a glicose no sangue é importante? 

O monitoramento regular dos níveis de açúcar no sangue é crucial para qualquer pessoa, especialmente quem convive com o diabetes ou tem risco aumentado de hiperglicemia. 

Monitorar a glicemia é essencial para manter a saúde em equilíbrio e evitar: 

  • Risco de infecção: o açúcar alto no sangue pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando o paciente mais suscetível a infecções; 
  • Cicatrização lenta: a hiperglicemia interfere no processo de cicatrização de feridas, o que é um risco maior após cirurgias; 
  • Aumento de efeitos colaterais: o controle inadequado da glicose pode agravar a fadiga e as náuseas. 

Impacto em pacientes com câncer 

Estudos sugerem que níveis elevados de glicose no sangue, mesmo que temporários (como os induzidos por esteroides), podem estar associados a um prognóstico menos favorável em alguns tipos de câncer.  

Além disso, nos casos de pacientes com diabetes pré-existente, o mau controle glicêmico está ligado a um risco maior de morte por câncer

7 dicas para equilibrar seus níveis de açúcar no sangue 

Independentemente de um diagnóstico de câncer ou diabetes, pequenas mudanças em seus hábitos diários podem ajudar a manter o açúcar no sangue mais estável.  

1) Mantenha-se hidratado 

A água ajuda a diluir o açúcar no sangue e a eliminar o excesso de glicose pela urina. Além disso, beber água regularmente também ajuda a combater a sede excessiva, um sintoma comum de hiperglicemia.  

Dica prática: tenha sempre uma garrafa de água por perto para evitar a preguiça na hora de se hidratar. Também evite sucos industrializados e refrigerantes. 

2) Coma em horários regulares (e não pule refeições) 

Comer em intervalos consistentes evita picos e quedas bruscas de glicose. Pois pular refeições, principalmente o café da manhã, pode levar a uma queda de açúcar seguida por uma liberação de hormônios do estresse que elevam a glicose de forma descontrolada na próxima refeição.  

Dica prática: tente manter três refeições principais e lanches programados, se necessário. 

3) Não exagere nos carboidratos simples 

Carboidratos simples (doces, pão branco, massas refinadas, refrigerantes) elevam o açúcar no sangue rapidamente.  

Dica prática: opte por carboidratos complexos e integrais (aveia, arroz integral, vegetais com amido) combinados com proteínas e fibras. Pois as fibras e proteínas diminuem a velocidade de absorção da glicose. 

4) Movimente-se (dentro de suas possibilidades) 

A atividade física é um excelente redutor de estresse e um “queimador” de glicose. O exercício faz com que os músculos usem a glicose para energia, mesmo sem a ajuda da insulina, o que baixa o açúcar no sangue.  

Dica prática: não precisa ser nada exaustivo. Uma caminhada leve de 10 a 15 minutos após as refeições ou alongamentos suaves já faz uma grande diferença. 

5) Priorize o sono de qualidade 

A falta de sono é um estresse físico para o corpo, elevando o cortisol e prejudicando a sensibilidade à insulina.  

Dica prática: tente manter uma rotina de sono e crie um ambiente escuro e silencioso. Além disso, converse com seu médico se perceber que algo está atrapalhando seu descanso. 

6) Use técnicas de relaxamento 

Combater o estresse emocional diretamente ajuda a manter o cortisol sob controle.  

Dica prática: dedique 10 a 15 minutos por dia para atividades calmantes, como respiração profunda, meditação guiada, ouvir música relaxante ou praticar um hobby tranquilo. 

7) Comunique-se constantemente com a equipe médica 

Seus médicos precisam saber como você está se sentindo e quais são os resultados do seu monitoramento de glicose.  

Dica prática: seja honesto sobre seus níveis de estresse, dieta e os sintomas que está sentindo. Ajustes de medicação ou dieta podem ser necessários. 

Ouça o que seu corpo está lhe dizendo 

O estresse pode, de fato, desequilibrar o açúcar no sangue. Por isso, é vital reconhecer esse elo.  

Afinal, o estresse crônico não afeta apenas o seu humor: ele pode interferir na função da insulina, aumentar os níveis de açúcar no sangue e, consequentemente, dificultar o equilíbrio de sua saúde.  

Um bom controle glicêmico é um ato de autocuidado para garantir mais qualidade de vida e bem-estar. 

Por isso, é fundamental consultar um profissional especializado para garantir um controle eficaz do estresse e da glicemia, de forma a garantir mais qualidade de vida.  

Ao gerenciar o estresse e o açúcar, você dá ao seu corpo a melhor chance possível de estar saudável. 

Para isso, te convidamos a se aprofundar no assunto, lendo mais um artigo exclusivo em nosso blog: Tipos de diabetes e como são tratadas 

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